Lição 6- Bênçãos da Justificação - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição 6- Bênçãos da Justificação

Obs. Revista de professor / Classe de Jovens
1° trimestre de 2016 / Editora: CPAD
TEXTO DO DIA
 “Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”(Rm 5.10).


 SÍNTESE
A justificação por meio da fé é acompanhada de muitos benefícios, o que motiva o crente a manter sua fidelidade a Deus, independente das circunstâncias.

AGENDA DE LEITURA
 
SEGUNDA – Rm 5.1 - A justificação e a paz com Deus
TERÇA - Rm 5.2 - Firmes pela graça de Deus
QUARTA – Rm 5.5 -A justificação proporciona gozo na alma
QUINTA-Rm 5.8 -A justificação nos garante esperança
SEXTA - Rm 5.8 - A justificação assegura a certeza do amor de Deus por nós
SÁBADO - Rm 5.11 A justificação certifica a nossa reconciliação com Deus

OBJETIVOS
MOSTRAR as bênçãos da paz com Deus;
ANALISAR a bênção do regozijo na tribulações;
EXPLICAR a bênção da salvação passada e presente.

INTERAÇÃO
Esta lição é um marco na epístola aos Romanos. A justificação traz consigo alguns benefícios que são concedidos por Deus, dentre estes benefícios está a bênção do regozijo nas tribulações, o que pode parecer contraditório para alguns.

Há quem diga que não é uma bênção, mas uma apologia ao sofrimento. Por isso, a dificuldade de algumas pessoas lidarem com situações adversas, às quais todas as pessoas inevitavelmente estão sujeitas. Jesus afirmou que teríamos aflições (Jo 16.33). Um relato que alguns leitores da Bíblia têm dificuldade de entender é que logo após a ascensão de Jesus, os discípulos que foram perseguidos e maltratados pelo amor ao Evangelho se diziam alegres e glorificavam a Deus por se acharem dignos de sofrerem por amor ao nome de Jesus. Talvez, essa seja a maior dificuldade de aceitação para alguns, as demais bênçãos são mais fáceis de aceitação e entendimento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos que nesta aula você separe três grupos. Cada grupo ficará responsável para analisar um dos tópicos e você atuará como orientador destes grupos. Nos grupos geralmente têm alguns líderes naturais que poderão conduzir a conversa nos respectivos grupos, você pode designar os líderes ou deixar que escolham entre si, o que seria mais apropriado.

A primeira atividade será o estudo de cada tópico pelos grupos, você pode dar aproximadamente uns 15 minutos para a tarefa. Na sequência, cada grupo deverá apresentar seu assunto, abrindo para os demais para uma ponderação geral. Sugerimos utilizar algo em torno de 30 minutos para essa atividade. Você deverá ser o moderador da turma e fazer as considerações finais. O tempo sugerido serve apenas como referência, você deverá adaptar de acordo com o tempo disponibilizado pela sua superintendência de Escola Dominical.

TEXTO BÍBLICO
Romanos 5.1-11

INTRODUÇÃO
A justificação se dá por meio da fé no poder regenerador da morte de Jesus.
A partir deste momento, o cristão ressurge em novidade de vida de forma similar à ressurreição de Cristo. A justificação elimina a culpa e reconcilia 0 ser humano com Deus. Esta nova situação traz alguns benefícios, reforçados pelo correto sentimento motivador do amor de Deus, que não envergonha o crente na sua esperança e nem nos sofrimentos em nome dEle.

I - A BENÇÃO DA PAZ COM DEUS (Rm 5.1,2)

1. Paz com Deus.
O ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado (Is 57.21; Sl 73.3). Diferente da pessoa justificada, cujos pecados não lhe são mais imputados, portanto reconciliada com Deus (2 Co 5.18,19). Esta reconciliação traz a paz com Deus, pois o castigo ao qual estávamos condenados é imputado sobre Jesus, que nos traz a paz (Is 53.5).

O sacrifício de Jesus derruba a parede que separa o ser humano de Deus (At 10.36; Ef 2.14), sendo “religado” (significado de religião) com Deus. Existe uma diferença entre estar em “paz com Deus” e ter a “paz de Deus". A paz com Deus é somente para aqueles que conservam sua vida em constante comunhão com Deus (Is 26.3; Jo 14.27; Fp 4.7). Diferente do incrédulo, o salvo vive no Espírito e, assim como o Espírito é eterno, eterna será a sua paz com Deus. Jovem, você está em paz com Deus?

2. A bênção do acesso à graça de Deus.
Somente em Jesus pode ser evidenciada a gratuidade da justificação, pois somente Ele pode redimir o pecador de sua condição no tribunal de Deus (Rm 3.24). A vida de pecado é uma vida que conduz à morte, uma vida de opressão debaixo da culpa e da solidão espiritual, mas na justificação se aplica ajustiça para a vida eterna por meio de Cristo (Ef 2.5-8, Rm 5.21), Semelhantemente à vitória de Cristo sobre a morte por meio de sua ressurreição, as pessoas justificadas vencem a morte que traz o pecado e ressurgem vivificadas juntamente com Cristo, tudo pela graça de Deus (Ef 2.6), Esta graça de Deus, acessada somente pela fé (Ef 2.18; Rm 412; Hb 4,16), fortalece o crente por não estar mais debaixo da lei, nem do domínio do pecado (Rm 6.14,15). Somos o que somos pela graça de Deus (1 Co 15.10), por isso devemos ser gratos a Ele por tudo.

3. Esperança da glória de Deus.
As pessoas justificadas são bem-aventuradas, pois nelas repousa a grande esperança da manifestação da glória de Deus (Tt 2.13). Muito diferente de uma pessoa que leva sua vida à margem da Bíblia, alimentada de alegrias e motivações efêmeras e passageiras.

Os justificados são transformados de glória em glória (2 Co 3.18), ou seja, se tornam já participantes da glória de Deus como herdeiros juntamente com Cristo, para também com Ele serem glorificados (Rm 8.17). Esta é a grande diferença entre ser criatura e ser filho de Deus. A primeira condição é genérica, sendo característica natural de tudo e todos os seres criados, a segunda é somente para as pessoas que foram justificadas. A Bíblia informa que ainda não sabemos como haveremos de ser, mas clarifica que seremos semelhantes ao Cristo glorificado e adverte-nos a manter esta condição, possível somente por meio da manutenção da obediência (1 Jo 3.1-3). Jovem, guarda o que tens!

O Pense!
Jovem, você já pensou no valor de estar em paz com Deus?

O Ponto Importante
A velocidade da disseminação do conhecimento, o consumismo acirrado e a valorização exacerbada do ter em detrimento do ser, têm tirado a paz da maior parte da humanidade.
Enquanto isso, aquele (a) que é justificado (a) desfruta da paz com Deus, bênção da justificação pela fé.

II - BÊNÇÃO DO REGOZIJO NAS TRIBULAÇÕES (Rm 5.3-5)

1. As tribulações conduzem à maturidade.
No caminho para a glória, citado anteriormente (Rm 8.17), as tribulações são inevitáveis. Jesus não prometeu uma vida sem conflitos, mas afirma categoricamente que passaríamos por aflições (Jo 16.33).
Ele não engana para ganhar seguidores. Na própria história do povo de Israel podemos ver as tribulações que serviram para a maturidade espiritual (Dt 8,15,16). Nossa caminhada não é diferente, Paulo assevera que as tribulações nos levam à perseverança, à experiência (caráter aprovado), e à esperança que não confunde. Portanto, quando você pede a Deus mais experiência e esperança, mesmo que inconscientemente, você está pedindo por mais aflições, que o levarão à experiência, que por sua vez lhe trará esperança. Um processo contínuo de causa e efeito.

Tiago afirma que é motivo de alegria o passar por várias provações, pois por meio delas se obtém experiência, com vistas a alcançar a coroa da vida, prometida aos que amam a Deus (Tg 1.2-4,12).

2. O crente, nas tribulações, tem a certeza do amor de Deus.
Um texto bem conhecido da epístola aos Romanos é o do capítulo 8, versículos 35-39, Neste texto vemos o apóstolo relacionar uma série de intempéries indesejáveis na vida de um ser humano, mas conclui que mesmo estas coisas não são suficientes para separar uma pessoa salva de Deus, Quantos exemplos existem na Bíblia de pessoas que abriram mão de praticamente tudo de valor que tinham ou poderiam ter, inclusive da própria vida, constrangidas pelo amor de Deus. Basta lermos Hebreus 11, na galeria dos heróis da fé, para constatarmos isto.
Quem mantém sua fidelidade à Deus, independente das circunstâncias, pode perceber o amor de Deus, a exemplo do grande Mestre Jesus, Ele no Getsêmani, sentindo a dor do cálice a ser tomado, questiona este “abandono", mas ao final se submete à vontade de Deus por saber que tudo era por amor, inclusive sua morte.

3. O amor de Deus é provado pela morte vicária de Cristo.
O Espírito Santo nos faz perceber o amor de Deus para conosco (v.5). Amor que pode ser evidenciado pela doação de Deus, mesmo sabendo que não tínhamos possibilidade de retribuir esse amor por sermos fracos (v, 6).

O apóstolo afirma que morrer por alguém justo não seria considerado algo tão incomum (v. 7), pois ao longo da história há vários registros de pessoas que deram sua vida por uma pessoa amada, um líder carismático ou uma causa maior; mas um justo morrer pelos injustos pecadores, isso nunca havia sido visto. Por isso, a grande demonstração de amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo ter morrido por nós, "sendo nós ainda pecadores” (v,8).
Devemos ter em mente este amor, principalmente nos momentos de tribulações, sabendo que muito maior sofrimento Jesus passou para que fôssemos justificados e participantes da glória presente e da glória que haveremos de ter.

O Pense!
“O justo tem paz em sua relação com Deus, mas aflição em sua relação com o mundo porque vive no Espírito” (Martinho Lutero).

O Ponto Importante
A paz com Deus não significa ausência de conflitos e tribulações, mas ter paz mesmo nas adversidades.

III - A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO PASSADA E PRESENTE (Rm 5.9-11)

1. A salvação no passado.
Como é grande a satisfação de saber que um dia no passado tivemos o privilégio de experimentar a justificação mediante a fé em Jesus Cristo pregada por Paulo.
O que seria de nós se não tivéssemos feito esta decisão?
Onde nós estaríamos hoje?
Quem nós seríamos?
Estaríamos vivos ou não?
Certamente não seríamos melhores do que somos e, acima de tudo, continuaríamos na condição de pecadores, condenados ao julgamento da ira de Deus, na condição de inimigos dEle (v. 9; Rm 2.5; 3.5). O apóstolo afirma que fomos reconciliados com Deus quando ainda éramos seus inimigos devido aos nossos pecados, mas fomos reconciliados gratuitamente, sem nenhuma condição prévia a não ser a fé em Jesus. Algumas pessoas se esquecem das bênçãos do passado. Seja grato a Deus e não se esqueça de nenhum de seus benefícios do passado. Esta lição veio para lembrar você disso, assim como os autores veterotestamentários, repetidamente fizeram com Israel.

2. A salvação no presente.
Nos escritos do apóstolo Paulo fica evidenciada a gratidão peta mudança que o encontro com Cristo provocou em sua vida. A mudança deu a ele uma convicção que o ajudou a superar as dificuldades do dia a dia. Antes de conhecer a Cristo ele tinha uma posição privilegiada no ambiente judaico, uma posição almejada por muitas pessoas.
Quando escreveu a Epístola aos Romanos, ele já não tinha mais aquele status, mas a experiência da justificação o libertou do domínio do pecado e deu-lhe a segurança que nunca havia conquistado com sua vida religiosa pregressa. A garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionavam ao apóstolo a convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e guardado a fé (1 Tm 4.6,7). Segurança garantida somente às pessoas, que por meio de uma vida devotada e de santidade, mantêm seu ideal de obediência e gratidão a Cristo.


Pense!
O que Leva as pessoas que já conheceram o Evangelho a abrir mão das bênçãos decorrentes da justificação?


Ponto Importante
A justificação pela fé não garante a salvação de uma vez por todas, mas traz benefícios que nos auxiliam a nos mantermos firmes nas promessas de Deus, gratos pela salvação, desfrutando e aguardando a glorificação definitiva com Deus.

SUBSÍDIO
Romanos 5
Resumo do capítulo. O crente agora se posiciona num relacionamento único com Deus que promove uma nova perspectiva sobre toda a vida (5.1-5). Essa perspectiva tem a sua origem na convicção de que um Deus que estava disposto a abrir mão de seu Filho para enviá-lo a nós, sem dúvida, trabalhará em nós, agora que somos seus (vv. 6-11).

DESTAQUES
‘Pois’ (5.1). Como cristãos, todos nós nos deleitamos com o que Paulo está prestes a explicar, a dependência do sacrifício de Cristo por nós e nossa fé nele.
Uma litania de bênçãos (5.1-5).
Observar em especial:
1) a paz com Deus:
2) o acesso a Deus e à graça;
3) a alegria em nossas perspectivas futuras;
4) uma nova perspectiva sobre o sofrimento e,
5) uma esperança segura em Deus que paga dividendos presentes numa sensação contínua do seu amor por nós. Jamais despreze o verdadeiro cristianismo.
O relacionamento com Jesus é como a mesa farta de um banquete, de uma festa que podemos usufruir aqui e agora” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse Capitulo por Capitulo. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 741).


CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que a justificação, além de ser gratuita, traz consigo muitas outras bênçãos como a paz com Deus.

HORA DA REVISÃO
1. O que derruba a parede que separa o ser humano de Deus?
O sacrifício de Jesus derruba a parede que separa o ser humano de Deus (At 10.36; Ef 2.14), sendo “religado” (significado de religião) com Deus.

2. Qual o conselho dado por Tiago em Tiago 1.2-4,12?
Tiago nos aconselha a nos alegrarmos quando passarmos por várias provações, pois por meio delas obtém experiência, com vistas alcançar a coroa da vida, prometida aos que amam a Deus.

3. Segundo a Epístola aos Romanos, como Deus demonstrou seu amor pela humanidade?
A grande demonstração do amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8).

4. Segundo a lição, quando um crente pede por mais experiência e esperança, o que na realidade ele está pedindo?
Quando o crente pede a Deus mais experiência e esperança, mesmo que inconscientemente, ele está pedindo por mais aflições, que conduzirão à experiência, que por sua vez lhe trará esperança, Um processo contínuo de causa e efeito.

5. Segundo a lição, o que proporcionava ao apóstolo a convicção de ter combatido um bom combate, pouco antes de sua morte?

A garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionava ao apóstolo a convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e guardado a fé (1 Tm 4.6-7).

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