Lição 8 – Israel no Plano da Redenção


Obs. Subsídio teológico para a lição 8, de Adultos – 2° trimestre de 2016
O apóstolo Paulo explica no capítulo 9  de Romanos a verdadeira situação espiritual do povo de Israel diante de Deus.
Eles criam que, sendo filhos de Abraão, automaticamente tinham direito a todas as bênçãos da aliança de Deus com Abraão e, por conseguinte, a justificação e a glorificação eram direitos exclusivos dos judeus mediante o seu nascimento natural.
Mas, foi Israel quem rejeitou o Salvador, pelo seu endurecimento espiritual. Assim como os gentios. Deus colocou os judeus em situação de desobediência para usar de misericórdia com todos.
Haverá um dia, então, que Israel embora povo eleito, se voltará para Deus e todos os seus pecados serão tirados.

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I. OS JUDEUS E O JUDAÍSMO
1. O que é um judeu?
Responde o rabino Morris Kertzer: “É muito difícil encontrar uma simples definição do que é um judeu. Judeu é todo aquele que aceita a fé judaica. Esta é a definição religiosa. Judeu é aquele que, não tendo afiliação religiosa formal, considera os ensinamentos do Judaísmo — sua ética, seus costumes, sua literatura — como propriedade sua. Esta é a definição cultural. Judeu é aquele que se considera judeu ou que assim é considerado pela sua comunidade. Esta é a definição prática”.
No Novo Testamento, o termo “judeus” indica todo o povo de Israel que tem Abraão como pai (Jo 8.56,57).
2. Judaísmo.
E uma religião que veio de Deus, através de Moisés no monte Sinai. Em nenhum momento Jesus e Paulo desrespeitaram essa religião. O conceito que os rabinos tinham do Judaísmo era calcado no Talmude, que era em si um fardo insuportável (Gl 1.13,14).
Paulo conhecia profundamente o Judaísmo. Jesus disse que não se pode costurar remendo novo em vestido velho, nem colocar vinho novo em odres velhos (Mt 9.16,17; Mc 2.21,22). Na visão do apóstolo, o judeu precisava despir-se do velho homem, e aceitar a justiça de Deus pela fé em Cristo. Os judeus rejeitaram essa provisão divina para a salvação, por isso Paulo critica a hipocrisia dos judeus.

3. A responsabilidade dos judeus.
A responsabilidade dos judeus é maior do que a dos gentios por causa de seus pendores religiosos e das bênçãos espirituais que Deus lhes conferiu (Rm 9.4,5). Como as bênçãos divinas foram dirigidas primeiramente aos judeus, o julgamento há de vir na mesma proporção (Rm 2.9,10).
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 A ELEIÇÃO E FUTURO DE ISRAEL

1. A eleição de Israel.
Em sua soberania, quis Deus para Si um povo que o amasse em espírito e em verdade (Jo 4.24). Assim, resolveu, através de Abraão, fazer uma grande nação, com todas as características das demais: terra (Gn 15.7; 17.8), povo (Gn 12.2; 15.4,5; 17.1,2) e governo (Êx 19.6).
Deus constituiu um povo para que fosse a sua testemunha às nações (Gn 12.2-4; 22.18; At 13.46,47). Uma nação eleita por meio da qual pudesse enviar o Salvador do mundo (Gn 3.15; Jo 4.22) e confiar a Palavra, a fim de que esta fosse preservada para todos os povos em todas as gerações (Rm 9.4,5).

a) A chamada de Abraão.
Deus celebrou com Abraão uma aliança eterna (Gn 12.1-3; 15.12-21), concedendo-lhe a honra de ser o pai de todos os crentes (Is 51.1,2; Gl 3.8; Lc 19.8-10). A Bíblia afirma que o patriarca guardou fielmente os preceitos e leis divinas (Gn 26.5). Sendo ele amigo de Deus, recebeu a visita do Senhor durante as suas peregrinações (Gn 15.1; 18.1; Tg 2.23).

A disposição de Deus em apresentar-se de forma especial a Abraão retrata a importância da eleição do povo de Israel. Mas isto exigia confiança na Palavra de Deus (Gn 15.1-6; 18.10-14) e obediência à ordem divina, para que o patriarca deixasse a terra de sua parentela (Gn 12.4), passando a viver na Terra da Promessa de maneira reta e justa (Gn 17.1,2).

b). O descaso de Israel.
Israel, como nação eleita e separada pelo Senhor, não foi zeloso e fiel em cumprir o mandato que recebera de Deus. Por essa razão, os profetas condenaram-lhe a ingratidão e a deslealdade (Jr 16.10-12).
Os israelitas, apesar do clamor dos profetas, acabaram por repudiar suas obrigações em relação à aliança divina (Êx 19.5,6; 32.1-25).
Os profetas não hesitaram em ministrar o imutável amor de Deus para com Israel, objetivando levar os fiéis a cumprirem os propósitos divinos (Jr 31.3; Os 11.1-4). Os que aceitavam voluntariamente as condições da aliança usufruíam dos benefícios divinos (Dt 5.1-3; 30.11-20).

c). O pacto divino não foi anulado.
Embora os judeus tenham rejeitado a Cristo (Jo 1.11), o pacto de Deus para com Israel permanece: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento” (Rm 11.29). Este é o tema que estudaremos nesta lição.

Na Epístola aos Gálatas, Paulo demonstra que a igreja cristã teve sua origem na vocação de Abraão (Gl 3.6-9). O vínculo pactual entre Deus e Israel permanece. Logo, tanto para os gentios como para Israel, o único caminho para a salvação é a fé em Cristo (Gl 3.11-29).

No capítulo 10 de Romanos, Paulo explica, minuciosamente, que a salvação não depende das obras, mas da fé em Cristo (Gl 3.8,9). Deus, em sua vontade soberana, franqueou a salvação a todos os homens: “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2.32 cf. At 2.21; 10.34-36).

Por conseguinte, não basta apenas o chamado de Deus para que o ser humano seja salvo; é necessário que este responda positivamente à vocação divina (Rm 10.10-17).

2. O futuro de Israel.

a) Deus rejeitou o seu povo?
Paulo responde a esta pergunta com uma negação contundente. Apesar de toda a incredulidade e apostasia de Israel, havia um remanescente fiel que, à semelhança dos sete mil que não dobraram os seus joelhos diante de Baal no tempo de Elias, conservava piedosa e firmemente os termos da aliança. Desse remanescente, o próprio Paulo fazia parte, bem como os israelitas que aceitam a fé em Cristo: “Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Benjamim” (Rm 11.1).

b) Um plano especial de Deus.
Ao falar sobre o endurecimento de Israel, Paulo continua mostrando o propósito de Deus em relação ao seu povo. Embora os israelitas hajam tropeçado e caído, não se pode dizer que esta queda impedirá a concretização dos propósitos de Deus concernentes ao seu povo: “Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação” (11.11,17,18,24,33).


3. O retorno de Israel ao Senhor.

O retorno de Israel ao Senhor é certo (Zc 12.7-10; Rm 11.26). Paulo recorre às profecias para confirmar a declaração de que todo o Israel será salvo (Rm 11.26,27; cf. Is 59.20,21). Isto ocorrerá quando se “completar o tempo dos gentios” no final da Grande Tribulação (Jr 30.7; Ez 20.34-38; Jo 19.37).

Israel verá a Jesus como o Messias e se arrependerá por havê-lo rejeitado (Jo 1.11; Lc 13.34). Nesse período, os israelitas, como ramos naturais, serão enxertados na própria oliveira, que é Cristo. E, assim, os descendentes de Abraão receberão novamente a plenitude das bênçãos divinas (Zc 2.10).
A revelação do plano divino da salvação levou o apóstolo a adorar a Deus. Paulo reconhece o controle providencial de Deus na história da salvação e da justificação através de Cristo (Rm 10.33-36).

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