Ensinar a Palavra
de Deus é uma honra concedida a poucos, mas que traz para aqueles que o fazem
uma grande responsabilidade. Pois o Mestre a firmou que "será pedido muito
de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será
pedido" (Lc 12,48).
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Diferentemente de
um professor secular, que prepara seus alunos para passar em provas e
concursos, aquele que ensina as verdades bíblicas prepara seus alunos para a
vida humana e eterna.
Para que
ministremos um ensino de qualidade, um preço deve ser pago. Horas de
planejamento e estudo devem ser gastas para que o objetivo maior, que é o
aprendizado satisfatório de nossos alunos, seja alcançado.
Tenha dedicação em
ensinar, não somente com palavras, mas com atitudes. Seja um exemplo de vida
para seus alunos e saiba que "todo o seu esforço neste trabalho sempre
traz proveito" (ICo 15.58).
Você sabe o que é
um "Doutor da Igreja"? Não?! Não é um médico ou advogado que seja
cristão! É um título concedido pela Igreja Católica, para grandes mestres do
passado. É um título muito raro, e em dois mil anos de história, somente trinta
e uma pessoas puderem ser assim chamadas.
Sem duvida,
Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino são os mais famosos. Separados por 800
anos, esses homens de pensamento e personalidades tão diferentes , contribuíram
muito para o fortalecimento da doutrina cristã.
AGOSTINHO
DE HIPONA: UM CORAÇÃO INQUIETO
Nascido no ano 354
d. C., no norte da África, Agostinho era filho de um oficial romano que adorava
aos deuses romanos e de uma cristã fervorosa chamada Mônica.
Seus pais
perceberam que era uma criança muito inteligente e o mandaram estudar nas principais
escolas do norte da África.
Ele estudou
retórica, a arte de falar de maneira elegante e convincente. Não importa se, na
verdade, o que está sendo falado é certo ou errado, o objetivo era convencer
que o que estava sendo dito era justo, mesmo se fosse errado. Os professores de
filosofia preocupavam-se em buscar a verdade, os de retórica não.
Agostinho começou
estudando os livros de Cícero, grande mestre da retórica romana, mas também
filósofo. Mais tarde, ele se convenceu de que falar bem não era suficiente; era
necessário conhecer a verdade (Jo 8.32).
Na sua busca pela
verdade, tornou-se maniqueísta. Mani o quê?! Você pode perguntar. Calma, eu
explico. O maniqueísmo era uma religião famosa na época de Agostinho e que dizia
que o universo era governado por duas forças: A luz e as trevas. Calma, não
tire conclusões precipitadas!
Os maniqueístas
acreditavam em luz e trevas de maneira completamente diferente do que é
ensinado na Bíblia. Na verdade eles não gostavam da Bíblia e zombavam dizendo
que era um livro infantil. Agostinho nesta época concordava com eles.
Com o tempo ele
começou a se decepcionar, pois não conseguia encontrar a verdade que tanto
procurava. Então, mudou-se de Cartago, viveu um tempo em Roma e foi morar em
Milão, onde se tornou um neoplatônico. O neoplatonismo era uma filosofia
popular nesta época e que, ao contrário do maniqueísmo, afirmava que somente
uma força governava o universo, o criador de todas as coisas era chamado de
"Uno Inefável" ou aquele que é único e não se pode descrever. Ele era
bom, e o mal só surgia quando o homem afastava-se desse "Uno".
Parecia que todas
as dúvidas de Agostinho estavam respondidas, o que sua mãe sempre lhe ensinou
estava certo. Existe somente um Deus (l Tm 2.5), que é perfeito e bom. Mas como
a Bíblia, com uma linguagem que para ele era infantil, narrando tantas guerras
e violência poderia ser a Palavra de Deus?
Nesta época,
Agostinho começou a frequentar a igreja de Milão, e o estilo da pregação do
pastor daquela igreja chamou-lhe a atenção. Ambrósio, que também é considerado
"Doutor da Igreja", era um grande mestre da oratória e pregava de uma
maneira que convenceu Agostinho sobre a profundidade das verdades bíblicas.
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