Ajudando os ouvintes a praticar o que pregamos

Em Lucas 11.46, Jesus disse: "Quanto a vocês, peritos na lei, [...] ai de vocês também!, porque sobrecarregam os homens com fardos que dificilmente eles podem carregar, e vocês mesmos não levantam nem um dedo para ajudá-los". Pregadores precisam prestar atenção para ver se não estão fazendo a mesma coisa hoje.
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1. COMO IMPEDIR OS SERMÕES DE SE TORNAREM FARDOS PESADOS
a) Precisamos ser realistas.

Os especialistas da lei se dedicavam em período integral à lei. As pessoas não podiam fazer isso. Com frequência, não somos cuidadosos em nossa aplicação para oferecer passos realistas e sustentáveis às pessoas. Se as pessoas seguissem literalmente o que recomendamos e tentassem aplicar tudo que pedimos que façam, apenas nos últimos oito sermões, elas não conseguiriam realizar isso. Elas teriam de deixar seus empregos e se mudar para um mosteiro para obter sucesso nisso. As pessoas ficam exaustas e, a certa altura, param de tentar.

b) Precisamos sugerir aplicações simples e específicas.
"Aqui está uma coisa que você pode fazer". Quando preparamos nossos sermões, a aplicação frequentemente é a última coisa em nossa agenda e, como resultado, fica prejudicada.

c) Precisamos perguntar a nós mesmos: "A congregação sabe o que estou recomendando?".

d) Precisamos dar equilíbrio entre diagnóstico e prescrição.
É mais fácil e seguro passar a maior parte de nosso tempo no problema. Mas quando passamos 90% de nosso sermão diagnosticando o problema e pouco tempo dando a receita para a solução, frequentemente falhamos em fazer uma aplicação que seja específica.

e) Precisamos ser bíblicos.
Isso significa eliminar coisas criadas por homens que dificultam as coisas para as pessoas. Os fariseus criavam leis e tradições humanas. A pregação bíblica é acessível e mais preenchida de graça.

f) Precisamos pregar para impactar.
Pregue para mudar vidas, e não para impressionar pessoas. O propósito dos especialistas na lei era que as pessoas saíssem impressionadas com eles. Há uma diferença fundamental entre querer impactar as pessoas e querer ouvir as pessoas dizerem: "Uau, ele tem um conhecimento bíblico fantástico"; ou: "Ele é muito espiritual".
Deixar de impressionar as pessoas e ir em direção a impactá-las nos protegerá de algumas das tentações dos fariseus. Eles tinham uma parte da sua identidade e
auto-estima envolvida em sua pregação. Se formos honestos com nós mesmos, também temos. Também somos humanos, e a pregação é um lugar tentador para tentar impressionar as pessoas. Procurar impactar muda fundamentalmente as decisões que tomamos sobre o que dizemos e o que não dizemos.
2. ENSINANDO AS PESSOAS A OBEDECER

a) Precisamos mostrar que estamos todos em um processo.
Em certa ocasião, contei à minha igreja sobre como eu e minha esposa, certa vez, fomos até nosso filho e pedimos que nos perdoasse por uma discórdia que surgiu entre nós em sua presença.
Contar essa história não impressionou a igreja, mas teve um grande impacto sobre todos presentes. Quando expomos que, mesmo na casa do pastor, temos lutas, e o pecado surge, nós nos afastamos da tentativa de impressionar os ouvintes e vamos na direção de transformar os ouvintes. O impacto vem de como eu e minha mulher lidamos com isso. Alguns pais nunca foram até seus filhos e disseram: "Você me perdoa?".

b) Precisamos pregar teologicamente, não aleatoriamente.
Se você frequentar a igreja por dez anos e ouvir 600 sermões, mas não tem nenhuma estrutura para pensar no que o pregador está dizendo, isso se torna um fardo. Assim, tento ensinar teologia bíblica de um modo sistemático, provendo 30 categorias para classificar todos os nossos pensamentos. A sistematização ajuda as pessoas a assimilar nossos pensamentos no seu entendimento. As pessoas começam a ver temas teológicos recorrentes.

c) Precisamos pregar moralidade bíblica, não moralidade cultural.
Quando confundimos moralidade bíblica com moralidade cultural, nossa pregação se torna um fardo. O que temos para dizer sobre música, filmes, televisão e frequência aos cultos pode se referir apenas a aspectos morais culturais. Além disso, se não tomarmos cuidado, nossa pregação pode se transformar em uma agenda política. A moralidade cultural frequentemente é legalista e, assim, torna-se um fardo.
A moralidade bíblica não é legalista de forma alguma. A moralidade bíblica está repleta de graça e de liberdade. Sempre que abordamos a questão da moralidade, precisamos perguntar a nós mesmos: Meu ensino é cultural ou bíblico?

d) Precisamos pregar mais ser do que fazer.
Pregue: "Aqui está a visão do que Jesus quer que você seja", não: "Aqui estão coisas que você deve fazer". Listas longas do que se deve fazer são fardos pesados; crescer no fruto do Espírito é liberdade.
Precisamos integrar à nossa pregação a vida e as disciplinas espirituais da igreja com o propósito de capacitar a obediência. Nossa pregação em si não pode prover a capacitação plena de que nossos ouvintes precisam. A pregação pode inspirar, mas nossas igrejas precisam de muito mais componentes para capacitar o crescimento.
Por exemplo, encorajamos o estudo pessoal escrevendo roteiros de estudo. Distribuímos roteiros para crianças desde o berçário até a turma de 16 anos, assim como para adultos, que se relacionam diretamente com o sermão. Nossos grupos nas casas são outro componente que complementa a pregação.
Apntamentos de Randy Frazee / Reverberação: www.sub-ebd.blogspot.com
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