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LIÇÃO 3 Joel - Mensagem de juízo, um chamado ao arrependimento e promessas (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 3° Trimestre de 2023 | REVISTA: Profetas Menores do Antigo Testamento: Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.

TEXTO ÁUREO

"Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor." Joel 1.14

VERDADE APLICADA

O avivamento bíblico é precedido de arrependimento genuíno, quebrantamento e oração.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel.

Destacar a mensagem do profeta Joel.

Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOEL 2

27. E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e ninguém mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre.

28. E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão

sonhos, os vossos mancebos terão visões.

29. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

32. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Is 13.9

O Dia do Senhor vem.

TERÇA | Dn 1.8

É preciso não se contaminar com o pecado.

QUARTA | Jl 2.12

É preciso se converter de todo coração.

QUINTA | Ob 1.15

O Dia do Senhor está perto.

SEXTA | At 17.30

Deus quer que todos se arrependam.

SÁBADO | 2Co 7.10

O arrependimento para a salvação.

HINOS SUGERIDOS:  111,131,432

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore por revestimento do Espírito Santo. 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1. O cenário da mensagem do profeta Joel

2. A mensagem de Joel

3. Joel para hoje

Conclusão

INTRODUÇÃO

O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do avivamento.

PONTO DE PARTIDA

Deus não rejeita quem se arrepende.

 

1. O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA JOEL

Joel profetizou numa época de grande devastação em toda a terra de Judá. O contexto histórico de Joel apresenta um tempo de calamidade decorrente de uma destruidora praga de gafanhotos e de uma grande seca [J1 1]. O povo ainda não havia atingido o estado de depravação presenciado em outras épocas, mas a religião já se caracterizava por um notável formalismo.

 

1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta.

O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. Assim como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [Jl 1.1]. O Evangelista Valdilon Ferreira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p. 10) cita em seu comentário a possibilidade de Joel ter atuado a partir do tempo do rei Joás [2Rs 12]. Apesar da escassez de informações sobre Joel, no Novo Testamento o apóstolo Pedro faz uma referência à profecia dele, ratificando assim seu ministério [At 2.16-17].

Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betei Dominical - 2o Trimestre de 2008, p. 4): “Existem muitas suposições sobre a data em que foi escrito o livro do profeta Joel. A data sugerida por esta revista (825-770 a.C.) justifica-se nas acusações que o profeta faz aos fenícios [Jl 3.4] ao Egito e a Edom [Jl 3.19], já que estas poderiam referir-se a invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito [1Rs 14.25] e a revolta dos edomitas no reinado de Jorão [2Rs 8.20-22], Joel não faz referência aos assírios nem aos babilônios, o que indica que seu ministério se deu antes da ascensão daquelas potências mundiais. A mensagem de Joel mostra que ele viveu num tempo anterior à grande apostasia de Judá e é possível que tenha vivido desde os dias do rei Joás até aos dias de Uzias, nos primeiros anos dos profetas Oséias e Amós.”

 

1.2 A invasão dos gafanhotos.

Nos dias de Joel, aconteceu grande destruição por uma praga de gafanhotos que devastou toda a plantação, deixando o povo na fome, miséria e seca. O gafanhoto é um inseto saltador que se alimenta de vegetais. Ele passa por quatro fases em sua vida, que são relatadas distintamente em Joel 1.4, como se fossem quatro tipos diferentes de gafanhotos: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor.

 

Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, CPAD, 2° Trimestre de 1993, p. 8): “A praga das locustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados pelos enxames de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciãos [Jl 1.2], os quais pela vivência dos anos podem recorrer à memória e responder-lhe [Dt 32.7; Jó 32.7], Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos a admoestarem o povo sobre a severidade do castigo, incitando-o a temer a Deus [SI 76.6- 8; Êx 13.8; Js4.7].”

 

1.3 A necessidade urgente de arrependimento.

Deus, por intermédio do profeta, chama o povo ao arrependimento e à santificação. O Senhor diz que todos, independentemente da idade, deveriam se arrepender: “Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo.” [Jl 2.16]. Também deveriam guardar na memória como o pecado traz graves consequências à vida daqueles que insistem em sua prática sem responder ao chamado do Senhor para uma vida de santidade: “Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.” [Jl 1.3].

 

O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento: “Um dos temas centrais do livro de Joel é o dia do Senhor [Jl 1.15; 2.1], Este termo se refere a um período em que Deus virá dramaticamente para trazer ira e juízo sobre os ímpios e salvação aos justos. Deus é o Senhor do tempo. Não há dia que não que seja o dia do Senhor, num sentido geral. Mas, às vezes, Deus entra na arena espaço-temporal para asseverar, firme e dramaticamente, que Ele está no controle de tudo.”

 

EU ENSINEI QUE:

Há promessa de restituição da parte de Deus disponível para aqueles que o buscam em arrependimento e fé.

2. A MENSAGEM DE JOEL

A singularidade da mensagem do profeta é que ela se origina de uma experiência do cotidiano, ou seja, a contemplação de uma praga de gafanhotos. Sua mensagem se destinava tanto à liderança quanto aos moradores da terra. Todos estavam sendo alertados e chamados pelo Senhor ao arrependimento, jejum, à conversão e contrição.

 

2.1. O alerta do profeta.

Na cultura daquele tempo, qualquer sinal de desordem na natureza era entendido como castigo de Deus: inundações, gafanhotos, granizos, eclipses, secas etc. Esses sinais provocavam reflexões e um convite para um ajuste naquilo que desagradava ao Senhor. Nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, percebe-se um cântico triste. Apesar disso Joel descreve que o país: “Lamenta como a virgem que está cingida de saco pelo marido da sua mocidade.” [J11.8]. Tal é a tristeza que: “todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens” [Jl 1.12]. Mas, em seguida, faz um apelo à conversão. Será que, ao olhar para o país devastado, aquele povo vai reconhecer que precisa se voltar para o Senhor?

Warren W. Wiersbe: “Joel dirige-se a diversos grupos distintos de pessoas quando descreve a terrível praga e suas consequências devastadoras. (...) Depois, fala com os adoradores [Jl 1.8- 10], que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se aos lavradores [Jl 1.11-12], que uivam porque suas colheitas estão arruinadas. Por fim, Joel vira-se para os sacerdotes [Jl 1.13-14] e diz-lhes que jejuem e orem. Aqui chegamos ao cerne da questão, pois Deus estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe obedeça, Ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as costas, Ele fará com que os céus sejam como bronze e destruirá as colheitas.”

 

2.2. Esperança em meio à catástrofe.

A segunda parte do livro do profeta Joel é uma mensagem de esperança: o derramamento do Espírito Santo. Depois de toda aquela desolação, a consolação do Senhor chegará. O Novo Testamento ratifica estes versículos ao se referir ao Pentecostes [At2.16-21]. E a presença e ação do Espírito resulta em profecias, sonhos, visões - modos próprios do agir de Deus no Antigo Testamento.

 

Comentário Beacon: “Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de Deus são:

1) O derramamento do Espírito de Deus sobre toda a carne;

2) O julgamento das nações; e

3) A glorificação do povo de Deus. Estas características não são mantidas estritamente em separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as outras. Os estudantes do Novo Testamento reconhecem com facilidade os versículos 28 a 32 por ser a promessa gloriosa citada por Pedro no Dia de Pentecostes, quando este a identificou por “é o que foi dito pelo profeta Joel” [At 2.16-21].”

 

2.3. O fruto do arrependimento.

O arrependimento sincero move o coração de Deus para mudar o quadro de tristeza, que veio em consequência do erro, em alegria [Sl 51.17], Em Joel, Deus se compadece e promete alívio sobre a nação. O Senhor teve misericórdia do Seu povo e para honrá-lo mostra o seu zelo: “Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.” [Jl 2.19]. O Senhor restauraria as colheitas devoradas pelos gafanhotos e o povo seria suprido em suas necessidades básicas. Isso os levaria a reconhecer a soberania e o poder de Deus, e todos saberiam que Deus estava no meio do povo de Israel [Jl 2.21-22, 25, 27].

 

O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento: “Deus não fica satisfeito com o arrependimento da boca para fora. Rasgar as próprias vestes era um costume que expressava grande luto ou remorso [Js 7.6; 1Sm 4.12]. Mas, como todo ato externamente visível, podia-se rasgar as vestes sem tristeza nem arrependimento verdadeiros. Deus queria mais do que simples palavras ou atos exteriores; Ele queria que o coração do povo mudasse e que se entristecesse ao pecar.”

 

EU ENSINEI QUE:

O fruto do arrependimento genuíno é uma metamorfose na vida do pecador.

3. JOEL PARA HOJE

A mensagem do profeta é clara: havendo arrependimento autêntico e fidelidade por parte do Seu povo, o Senhor Deus é poderoso para transformar o cenário de desesperança em vitória definitiva. É preciso ter em mente que quando o termo “últimos tempos” é usado na Bíblia tem uma conotação de esperança. Trata-se da vitória final de Deus.

 

3.1. Arrependimento genuíno.

Ao contemplar aquele cenário de destruição, Joel admoesta aos seus compatriotas a buscar a santificação, o quebranta- mento e maior submissão ao Senhor:

 

“Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.” [J1 1.14]. Tais palavras ainda hoje ecoam no coração daqueles que, sensíveis à voz de Deus, anseiam por Sua manifestação, destruindo o mal causado pelo pecado dos homens.

 

Comentário Bíblico Moody: “O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir. Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento [Jl 2.1 -11 ]. Mas a porta da misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu Deus com coração contrito, a calamidade pode ser evitada [Jl 2.12-14]. O profeta convoca toda a comunidade para uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor [Jl 2.15-17].”

 

3.2 Santificação urgente.

A falta de santidade emperra, amarra e desacredita a Igreja. Quando o povo de Deus despreza a santidade e passa a amar o mundo, se torna o maior impedimento para a ação de Deus na história. Nada pior do que uma pessoa que se diz cristão viver uma vida mundana e compactuada com o pecado. A falta de santidade tem sido um grande impedimento para um avivamento. A Palavra de Deus é clara: “E rasgai o vosso coração, e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal.” [Jl 2.13].

 

Esdras Bentho & Reginaldo Leandro (Introdução ao Estudo do Antigo Testamento, CPAD, 2019, p. 517) comentam sobre Joel 2.12- 17: ““Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus [...]” [Jl 2.13]. O coração, conforme usado aqui, não deve ser considerado o centro das emoções e das paixões. Na psicologia hebraica, o coração era geralmente considerado como o centro da vida moral, espiritual e intelectual. Então, o arrependimento deles deveria ser acompanhado com jejuns e com choro, exteriorizando a tristeza pelo pecado do arrependido.”

 

3.3. Libertação e esperança.

A mensagem de Joel é atemporal e alcança todas a gerações, confrontando-as com seu modo de viver ao mesmo tempo em que apresenta a solução baseada em arrependimento e mudança: “Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.” [Jl 2.12]. Sua mensagem traz alento e esperança aos corações que se encontram presos a um cenário de destruição, pecado e afastamento do Senhor: “E o Senhor bramará de Sião e dará a sua voz de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel.” [Jl 3.16].

 

Comentário Beacon: “Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito sobre toda a carne. A promessa é uma amplificação de Números 11.29 e seu cumprimento (...) ocorreu no Dia de Pentecostes narrado em Atos 2. A promessa em si é proeminentemente escatológica, embora objetivava consolar o povo nos dias do profeta. Robinson declara que a promessa “é semelhante à mensagem de Jeremias de um concerto novo’ [Jr 31.31-34]. Ainda que não haja predição do Messias no livro de Joel, como bem observou Horton, o estudo deste livro deve nos levar a Cristo e ao batismo no Espírito Santo. Joel começa a construir a ponte para o Reino da Graça.”

 

EU ENSINEI QUE:

Devemos denunciar o pecado, mas também anunciar a esperança que há em Cristo Jesus.


CONCLUSÃO

Apesar do atual cenário da sociedade pós-moderna, a Igreja deve continuar firme em Seu propósito pregando o Evangelho que confronta os homens com seus pecados e anunciando a esperança que há em Jesus.

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Lição 1 Mensagens proféticas - Deus continua falando (Editora Betel )

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Lições Bíblicas BETEL: 3° Trimestre de 2023 | REVISTA: Profetas Menores do Antigo Testamento: Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias.

TEXTO ÁUREO

"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." 2Pedro 1.21

VERDADE APLICADA

A mensagem dos profetas do Antigo Testamento serve como despertamento para o cristão dos dias atuais.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar quem era os profetas.

Mostrar os sucessos dos profetas.

Destacar a revelação da profecia para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2PEDRO 1

16. Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade.

19. E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia

esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações,

20. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;

21. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA | Dt 18.15-22

A promessa de um grande profeta.

TERÇA | 2Sm 7.1-7

O ministério do profeta Natã.

QUARTA | 2Rs 2.1-8

O ministério do profeta Elias.

QUINTA | 2Rs 4.6-17

O ministério do profeta Eliseu.

SEXTA | Jr 23.9-40

Palavra contra os falsos profetas.

SÁBADO | Mq 3.5-7

Ameaças contra os falsos profetas.

 

HINOS SUGERIDOS: 126,127,151

MOTIVOS DE ORAÇÃO

Ore para que Deus levante pessoas com coragem para anunciar Sua Palavra.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1. Quem eram os profetas?

2. Sucessores dos profetas do Antigo Testamento

3. A mensagem profética Conclusão

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, estudaremos os Profetas do Antigo Testamento, em particular os Profetas Menores. Veremos que eles foram instrumentos de Deus para anunciar Sua mensagem ao Seu povo.

 

PONTO DE PARTIDA

A mensagem dos profetas desperta o cristão.

 

1. QUEM ERAM OS PROFETAS?

Um profeta era alguém escolhido por Deus para proclamar sua mensagem, apesar de suas limitações e sua humanidade.

Mesmo com os avanços tecnológicos e a evolução que experimentamos no presente século, os dilemas em relação à espiritualidade genuína, à ética, à justiça social e às mazelas do ser humano enfrentados pelos profetas encontram-se presentes atualmente, apesar de todo progresso que a humanidade alcançou.

 

1.1. Diversidade e unidade dos profetas.

Os profetas cumpriram sua missão de maneira bem diferente uns dos outros. O profeta Elias, por exemplo, achava que não existia outra pessoa que estivesse buscando a Deus, pois sentiu-se muito isolado no cumprimento da missão [1 Rs 19.10,14]. Os profetas tinham formas bem peculiares para o exercício de seus ministérios; a música, às vezes, era usada para ajudar no trabalho profético [1Sm 10.5-6; 2Rs 3.15]. Outras vezes, sonhos e visões eram o fundamento para a profecia, no entanto, o profeta Jeremias alerta para o fato de que um sonho ou visão não era garantia que, de fato, a mensagem era da parte de Deus [Jr 23.28-32].

 

O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento: “Os sonhos eram valorizados entre os assírios, egípcios e babilônios como um meio de revelação divina. Entretanto, na Lei e na tradição dos israelitas, os sonhos eram analisados com cautela. (...) O caráter dos falsos profetas baseava-se em mentiras e engano. Seu engano era aparente, porque seu objetivo era levar o povo à idolatria com seus sonhos fantásticos, fazendo com que todos se esquecessem de Deus e seguissem Baal.”

 

1.2 Características dos profetas.

a) homem de Deus - essas palavras realçam a diferença de caráter e modo de vida entre o profeta e as demais pessoas. Foi assim que a mulher sunamita se referiu ao profeta Eliseu: “Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” [2Rs 4.9];

b) uma chamada específica - a chamada para a missão do profeta vinha de Deus. O profeta comunicava a mensagem de Deus aos homens, sendo ele o homem que, antes de tudo, se apresentou a Deus primeiro [lRs 17.1; 18.15];

c) perfeita consciência da história - o profeta interpretava os acontecimentos históricos. Os profetas criam que Deus é o Deus da história e nada foge ao Seu controle nos acontecimentos do dia a dia. E, por isso, Sua Palavra é de absoluta confiança;

d) preocupação ética e social - as injustiças e violências cometidas contra o povo sempre eram denunciadas pelos profetas. Havia uma preocupação com o bem-estar social: por exemplo, Moisés [Dt 24.19-22; Lv 19.9-18] e Amós [Am 2.6-8; 5.11].

 

O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento (1Reis 17.1): “Após Moisés [Dt 18.15-19], nenhum profeta houve como Elias. O seu nome significa “O Senhor é o meu Deus”. Elias falava de Deus bravamente em meio a todo o vácuo espiritual em que o Reino do Norte jazia nos dias de Acabe, Acazias e Jorão. Profeta por excelência, o seu ministério e o seu posicionamento contra o baalismo local alcançou os maiores círculos governamentais em Israel.”

 

1.3 Os falsos profetas.

A profecia verdadeira se distinguia de outras práticas abomináveis aos olhos de Deus como adivinhação, feitiçaria etc. [Dt 18.10- 12], Também nem todos que usavam ou afirmavam falar em nome de Deus eram reconhecidos no Antigo Testamento como verdadeiros profetas. Algumas vezes, profecias eram ditas em total desacordo com a Palavra de Deus ou a Sua vontade [Jr 23.9-40; Mq 2.6- 11]. Quando um profeta “falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou” [Dt 18.22], Jeremias enfatizou a mesma verdade: “O profeta que profetizar paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, será conhecido como aquele a quem o Senhor, na verdade, enviou.” [Jr 28.9].

 

O Novo Comentário Bíblico - Antigo Testamento: “O teste de um verdadeiro profeta era o cumprimento de suas palavras. Entretanto, havia um tipo de profecia anunciada que talvez não acontecesse: a do julgamento divino, que poderia ser afastada por causa do arrependimento humano em resposta à proclamação da mesma. Jonas e Miquéias passaram por essa experiência.”

 

EU ENSINEI QUE:

Deus chamou homens comuns, como você e eu, com personalidades diferentes, em situações bem diferentes, para fazer e anunciar Sua mensagem de maneiras diferentes.

 

2. SUCESSORES DOS PROFETAS DO ANTIGO TESTAMENTO

No Novo Testamento, a revelação de Deus quanto ao plano da salvação foi totalmente escrita e registrada de maneira final, completa e infalível pelos apóstolos. Dessa forma, concluiu-se a revelação dada aos profetas no Antigo Testamento.

 

2.1 Através de quem Deus continuou a se revelar?

Deus continuou a se revelar aos homens, através dos doze apóstolos e do apóstolo Paulo, apesar dos profetas das igrejas locais, como os que havia em Jerusalém, Antioquia e Corinto [At 11.27; 13.1; 1Co 14.29]. Diferente do que acontecia no Antigo Testamento, profetizar na Igreja Primitiva era um dom que os cristãos podiam exercer nos cultos, desde que houvesse ordem, segundo os ensinamentos do apóstolo Paulo [1Co 12.10; 14.29- 32], Também tais profecias estavam debaixo da autoridade apostólica [1Co 14.37] e tinham que ser julgadas pelos demais [1Co 14.29]. Os profetas cristãos das igrejas locais não deixaram nada escrito, ao contrário dos apóstolos que foram inspirados para escrever o Novo Testamento [lTs 2.13; 2Pe 3.16], e suas palavras deviam ser recebidas sem questionamentos ou dúvidas, assim como acontecia com os profetas do Antigo Testamento [G1 1.8-9; 1Co 14.37].

 

O Novo Comentário Bíblico - Novo Testamento: “O Senhor se envolveu ativamente na revelação de Sua verdade aos apóstolos e profetas que a escreveram. O Autor da Bíblia é o próprio Deus. Portanto, as Escrituras são verdadeiras em tudo o que afirmam e totalmente fidedignas [lPe 1.20-21]. (...) Veja que Pedro iguala as cartas de Paulo às outras Escrituras, mostrando que considerava as epístolas de Paulo como Palavra de Deus.”

 

2.2. Jesus, o ápice da proclamação profética.

Os profetas no Antigo Testamento anunciaram a Palavra de Deus, apontando para Jesus [Hb 1.1- 2], No Novo Testamento, Jesus Cristo é apresentado como aquele que realiza o ápice da proclamação profética. Em alguns textos neotestamentários, Jesus foi identificado como profeta [Mt 16.14; 21.46; Lc 7.16; 13.34; 24.19; Jo 6.14; 7.40; 9.17],

 

O Novo Comentário Bíblico - Novo Testamento (Hebreus 1.1-2): “A expressão muitas vezes se refere a períodos da história do Antigo Testamento, e muitas maneiras se refere aos diferentes métodos que Deus usou para se comunicar, entre os quais visitações, sonhos, sinais, parábolas e acontecimentos [Is 28.10], (...) Jesus é o herdeiro de todas as coisas, pois é o próprio eterno Filho de Deus [Is 9.6- 7; Mq 5.2], (...) O Filho é o Senhor de toda a história. Controla o universo ao longo de toda a história como o Mediador junto ao Pai.”

 

2.3 Os profetas de ontem ainda falam hoje.

Em todas as épocas sempre houve uma grande necessidade de uma mensagem profética que denuncie a corrupção, as injustiças sociais, o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de moralidade e a frieza espiritual do povo de Deus. Esse era o conteúdo das mensagens dos profetas de Deus. Vivemos dias com essa mesma urgência e necessidade. De fato, os profetas de ontem ainda falam hoje.

 

É oportuno compartilharmos o texto de Robert P. Menzies (Pentecostes - Essa história é a nossa história, CPAD, 2016, p. 34), sobre o chamado profético do povo de Deus: “Um dos grandes pontos fortes do movimento pentecostal é que lê a promessa de Pentecostes contida na citação que Pedro faz de Joel [At 2.17-21] como modelo para a missão da igreja. (...) O Espírito do Pentecostes vem para capacitar cada membro da igreja, cada um de nós, a cumprir nosso chamado profético para ser luz para as nações.”

 

EU ENSINEI QUE:

O verdadeiro servo de Deus pode e deve denunciar o pecado, embora ame o pecador. Deve também proclamar a verdade, anunciar a justiça e a solução para o mundo, que é Jesus.

3. A MENSAGEM PROFÉTICA

A grande preocupação do profeta era transmitir fielmente a Palavra que tinha recebido do Senhor e que “permanece para sempre” [Is 40.8]. Os profetas falavam por meio de advertências e encorajamentos concernentes ao presente e ao futuro.

 

3.1 Os profetas e as Escrituras.

Os profetas foram os principais instrumentos usados por Deus para as revelações divinas à forma escrita, tendo produzido um dos mais notáveis documentos espirituais do mundo: o Antigo Testamento. Moisés, o primeiro dos grandes profetas, produziu o Pentateuco e muitos dos salmos de Davi têm natureza profética. Já no Novo Testamento, o livro de Apocalipse é quase todo composto de profecias. O apóstolo João fez muitas declarações proféticas na Bíblia, assim também como Pedro e Paulo, entre outros escritores apostólicos.

Norman L. Geisler e William E. Nix (Introdução geral à Bíblia, Vida Nova, 2021, p. 81 -83) comentam sobre o Antigo Testamento todo ser um “pronunciamento profético”: “Os profetas eram a voz de Deus não somente no que diziam, mas também no que escreviam.” Há vários textos bíblicos que registram o Senhor Deus ordenando que Seus servos escrevessem [Êx 34.27; Jr 36.28; Is 8.1; 30.8; Hc 2.2). “Não há por que duvidar, portanto, que os profetas escreveram sim, e o que escreveram era a Palavra de Deus, assim como o que falaram era a palavra de Deus. (...) se o Antigo Testamento todo é um escrito profético, conforme o Novo Testamento confirma que é (cf. 2Pe 1.20), e se todo “escrito profético” provém de Deus, (...) todo o Antigo Testamento é Palavra de Deus.”

 

3.2. Muito além das previsões.

Os profetas, em todos os tempos, ensinam ao povo de Deus como ter um relacionamento genuíno com nosso Criador e nossa responsabilidade para com Ele. A clara compreensão da profecia leva o homem ao conhecimento de Deus e ao entendimento de Sua intenção de se relacionar com a humanidade. Algumas vezes, aconselhamento ou confronto com reis e/ou liderança do povo também faziam parte da missão dos profetas. Eram eles que, em muitos momentos, desempenhavam um papel ativo como um estadista nos assuntos nacionais do seu povo. Vemos exemplos disso no ministério de Natã [2Sm 7.1-7; 12.1-15]; de Isaías [2Rs 19.1-7, 20-37; 20.4-11]; e de Eliseu [2Rs 5.11-14].

 

José Gonçalves (O carisma profético e o pentecostalismo atual, CPAD, 2021, p. 87) escreveu sobre o Carisma Profético no contexto moral: “Convém dizer que a ética é um tema bem presente nos antigos profetas hebreus. Tanto os profetas literários quanto os não literários deram uma profunda conotação moral às suas mensagens. Elias e Eliseu estão inseridos dentro dessa tradição. Dizendo isso de uma outra forma: o que os profetas diziam e faziam estava carregado de valores ético-morais. As suas mensagens e oráculos serviam de parâmetro entre o bem e o mal, entre o certo e o errado. A noção de valor, portanto, permeia o discurso profético.”

 

3.3. Ecos dos profetas para os dias de hoje.

Os profetas falaram sobre a hipocrisia nos cultos, a violência, a exploração dos mais fracos, a corrupção de juízes, a decadência moral, o desamparo dos socialmente desassistidos, o pecado no meio do povo e entre sua liderança em todas as áreas, enfim todas as mazelas que destroem a família e a sociedade como um todo em nosso mundo pós-moderno.

 

Isaías escreveu sobre a generalizada inversão da moralidade nestes termos: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal! Que fazem da escuridade, luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são

sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos!” [Is 5.20-21], E essa é a atual situação de muitas famílias e nações! Estamos ficando cada vez mais moralmente enfermos à medida que os pais, responsáveis, líderes e educadores vão perdendo a capacidade de diferenciar corretamente entre o certo e o errado e, consequentemente, influenciando e formando toda uma geração que tende a seguir e adotar tais atitudes.

 

EU ENSINEI QUE:

O profeta denuncia o pecado, mas também aponta para a misericórdia e o perdão de Deus.

 

CONCLUSÃO

Deus escolheu homens comuns do povo, para propagar Sua mensagem, capacitando-os com poder e autoridade perante Seu povo. Ainda hoje, Deus continua a chamar e capacitar pessoas que estejam comprometidos com a expansão do Seu Reino entre os homens.

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