Esperando a Volta de Jesus


Como não sabemos o dia da volta de Jesus para arrebatar a sua Igreja, é indispensável estarmos preparados para aquele grande acontecimento, como se ele viesse a ocorrer hoje, agora. Infelizmente, na prática, há muitos cristãos que não estão preparados para subir com a Igreja, na volta do Senhor.
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  •  Assim como as “virgens loucas”, de Mateus 25, estão descuidados, não têm reserva espiritual, negligenciam o seu testemunho e alguns escandalizam o nome do evangelho. No entanto, a volta de Jesus será repentina, como a vinda de um ladrão para assaltar uma residência. Não há hora marcada, não há dia conhecido. A surpresa é o fator preponderante. Por isso, a santificação é requisito fundamental para o encontro com o Senhor nos ares, em sua volta (1 Ts 5.23).



    Jesus usou outras metáforas para demonstrar a surpresa de sua volta. Aludiu aos dias de Noé, quando os homens de sua época não estavam nem um pouco interessados em saber o que aconteceria, anos depois, quando o patriarca lhes alertava para a catástrofe hídrica que destruiria a humanidade de então. Alertou que sua vinda seria como nos dias de Ló, acrescentando apenas alguns poucos detalhes que diferenciavam uns dos outros. Nos dias de Noé: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca” (Mt 24.38). “Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam” (Lc 17.28). Eles pensavam em tudo, menos em santidade. Só olhavam para as coisas da terra, e se esqueciam de olhar para cima (Cl 3.2).

    Qual a diferença entre os dias de Noé e os dias de Ló? Nos primeiros, havia vida social normal, incluindo o casamento entre as pessoas; havia agricultura, pois “comiam, bebiam”. Nos dias de Ló, as atividades eram semelhantes, mas não se fala em casamento. Coincide com o relato de Gênesis 19. Em Gênesis 19.4,5, ficou registrado que os homens de So- doma eram praticantes da homossexualidade. Queriam “conhecer”, ou ter relações com os visitantes que foram tirar Ló, imaginando que seriam apenas homens comuns. Diante da maldade excessiva daquelas cidades, Deus tirou Ló de lá, repentinamente, sem que os habitantes soubessem, e mandou um fogo dos céus que destruiu a todos. A pecaminosidade e a corrupção alcançaram níveis além do suportável pelo Deus sumamente santo.

    Assim, uma característica comum ao que aconteceu com os povos antediluvianos e os de Sodoma e Gomorra foi a surpresa com que foram alcançados pelas respectivas tragédias. Jesus alertou que, na sua volta para buscar a Igreja, também as pessoas, no mundo, serão tomadas de surpresa. Jesus virá num dia e numa hora que ninguém sabe (Mt 24.36). Dessa forma, é indispensável que os cristãos estejam preparados, sabendo como esperar a volta do Senhor Jesus. E estar preparado é estar em santidade e em santificação, que é o processo contínuo da separação do mal.

    I - Atitudes Corretas ante a Volta do Senhor

    A primeira fase da volta de Jesus para buscar a sua Igreja, integrada pelos crentes fiéis e santos, será tão repentina que não haverá tempo para ninguém preparar-se de última hora. Os meios de comunicação antigos e os mais modernos não terão oportunidade para anunciar a iminência da volta de Cristo. Essa premência e surpresa do arrebatamento dos salvos já foi anunciada há muitos séculos, e estão bem claras nas Escrituras.

    Diante dessa realidade profética e real, o cristão verdadeiro, que tem consciência do que é ser salvo para ir para o céu, onde Cristo está (Jo 14.3), deve viver num estilo de vida e conduta de quem está esperando seu Senhor a qualquer momento.

    1. Esperar com Vigilância
    Quem espera a volta de Jesus a qualquer momento precisa estar vigilante, tanto ao que acontece ao seu redor, como dentro de si próprio.

    Os sinais exteriores da volta iminente de Jesus já foram resumidos no capítulo anterior, e estão se cumprindo na História de maneira infalível, pois as palavras de Jesus não passarão (Mt 24.35). Porém, o crente em Jesus deve vigiar o que se passa no “ambiente” interior de seu ser, do seu coração. Os acontecimentos proféticos hão de cumprir-se independentemente da vontade dos homens sem Deus ou mesmo dos crentes fiéis.
    Mas o que acontece no interior de cada pessoa depende de si, de suas atitudes mentais, de seus sentimentos e emoções, ou “do coração”.
    O Dicionário Houaiss diz que vigilância é “
    1. Ato ou efeito de vigiar(-se);
    2. Estado de quem vigia;
    3. Precaução;
    4. Cuidado, atenção desvelada” (grifo nosso). A partícula se indica a vigilância de si mesmo.

    A maioria absoluta dos crentes que ficarão para trás na volta de Jesus deixará de ir para os céus por causa de suas atitudes erradas, de sua conduta em desacordo com a vontade Deus, expressa em sua Palavra. Jesus alertou quanto a isso e exortou os discípulos a serem vigilantes: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt 24.42). Ele também ensinou sobre a natureza tendente ao pecado que está dentro de cada um: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19; Mc 7.21). Todos esses pecados começam no interior do homem. Satanás conhece bem essa realidade, desde que tentou o homem no Éden e viu que o ser criado era suscetível de deixar de ouvir a voz de Deus e ouvir a tentação.


    Para não cair em tentação, e ficar para trás na volta de Jesus, só existe uma receita, dada por Jesus (Mt 26.41). Somente com oração, muitas vezes reforçada pela prática do jejum, é que podemos vencer as concu- piscências da carne. É evidente que a maioria dos crentes, hoje, não gosta de orar. As jovens consideradas loucas em Mateus 25 ficaram de fora da festa nupcial porque não vigiaram, deixando faltar o azeite em suas vasilhas. Nos dias presentes, há muitos evangélicos negligentes. Mas Jesus mandou vigiar constantemente, pois não sabemos a hora em que Ele há de vir. “Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa” (Lc 12.39).


    2. Viver na Unção do Espírito Santo
    Na parábola das Dez Virgens (Mt 25), vemos a necessidade do azeite, que simboliza a presença do Espírito Santo, para esperar “o Noivo”. Somente as “virgens prudentes”, que tinham azeite em suas vasilhas, e também reservas por precaução, puderam entrar com o noivo para as bodas. As “insensatas” ou imprudentes “ainda” foram comprar azeite, e se atrasaram para as bodas: “E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta” (Mt 25.10 - grifo nosso). A parábola retrata um casamento oriental, em que, durante uma semana, havia as bodas. As dez virgens representam os crentes em geral.

    As prudentes representam os crentes que estão esperando a volta de Jesus, na comunhão do Espírito Santo, sentindo a sua presença, tipificada pelo azeite. As virgens “loucas” não são débeis mentais, mas crentes que, ao longo dos anos, se descuidam, e deixam de buscar a presença de Deus e de seu Espírito. Notemos que a diferença fundamental entre as prudentes e as loucas era o que elas tinham quanto à provisão do azeite. Nas igrejas em geral, há um esfriamento quanto à busca do batismo com o Espírito Santo, que corresponde à “reserva” indispensável para esperar com segurança a volta de Jesus.

    Quando o crente aceita a Cristo, já tem o Espírito Santo habitando com ele, “habita convosco”, mas Jesus prometeu: “estará em vós” (Jo 14.17). Os discípulos já eram salvos, mas ainda precisavam ser “revestidos de poder” (Lc 24.49). E esse revestimento especial, distinto da salvação, começou a acontecer e a estar à disposição dos salvos, quando da descida do Espírito Santo, como Jesus prometeu (At 1.8; 2.1-13). Sem a presença do Espírito Santo, no crente, e na sua vida, é impossível esperar a vinda de Jesus de forma correta. Precisamos ser cheios do Espírito (Ef 5.18; At 13.52); andar em Espírito (Rm 8.1; G15.19); ser guiados pelo Espírito (Rm 8.14); ser templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Sem a unção do Espírito Santo, nos dias presentes, é impossível viver a Palavra de Deus, obedecer ao Senhor e estar pronto para o arrebatamento.

    3. Viver com Santidade
    Santidade é uma palavra esquecida por muitos pastores. Para agradar a todos, numa atitude demagógica, muitos deixam de ministrar a doutrina da santificação, principalmente para a juventude. Há igrejas que inventaram as “boates-templo” para atrair jovens para um ambiente parecido com os locais de reunião de jovens para namorar, beber, marcar encontros, etc., mesmo que em tais “boates evangélicas” não haja bebidas alcoólicas.

    Há igrejas que usam estruturas de luta-livre, de artes marciais e até de “rodeios”, com animais dentro dos templos, para atrair os jovens! No tempo de Jesus e no de Paulo já havia os Jogos Olímpicos, com diversas modalidades, mas nem Cristo nem Paulo, nem de longe, sugeriram tais aberrações para atrair pessoas para o evangelho.

    O evangelho do entretenimento tem suplantado o evangelho do sofrimento por Cristo. Mas sem santificação “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Ser santo é ser separado, consagrado para Deus. O apóstolo Pedro nos exorta a sermos obedientes e santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.13-15). Santidade pressupõe irrepreensibilidade. Paulo exortou: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Quando falamos de santificação não queremos passar a ideia do le- galismo e do fanatismo de algumas denominações, de forma alguma. Para ser santo, um servo ou uma serva de Deus não precisa tornar-se um eremita ou um monge medieval, que se isolavam das cidades, para “não se contaminar com o mundo”.

    Santificação é uma necessidade imperiosa de separação de tudo o que a Bíblia condena e não do que certos líderes elegem como pecado, sem qualquer fundamento bíblico. Houve tempo em que, se um homem não usasse chapéu, não seria santo; se uma mulher não usasse um vestido longo, com decote no pescoço e mangas compridas até aos punhos, mesmo num clima tropical, não seria santa; também não seria santa uma jovem que, mesmo tendo cabelos longos, aparasse as pontas; se usasse um diadema estaria condenada ao inferno. Isso não é santidade. Isso é fanatismo, intolerância e sectarismo, sem qualquer base na Palavra de Deus.

    O mais terrível e detestável dessa visão de santidade é que tais coisas são consideradas pecados, enquanto outras, claramente condenadas pela Bíblia, não são consideradas, como mentira, calúnia, difamação (crimes contra a honra), calotes, desvio de dinheiro dos cofres de igrejas, falta de amor, aborrecimento ou ódio a quem não pensa da mesma forma, e tantos outros comportamentos execráveis. Isso é farisaísmo, e não santidade.

    Não defendemos o desrespeito aos bons usos e aos bons costumes, que têm fundamento bíblico, mas rejeitamos o legalismo e o autoritarismo que já empurraram muitos para o inferno. Como ficam diante de Deus aqueles que contribuíram para a matança espiritual sem motivo ou fundamento na lei de Deus? A eles faltava o requisito a seguir comentado.


    4. Esperando com Amor
    Os crentes que subirão ao encontro do Senhor serão seus discípulos fiéis e verdadeiros. Já vimos que a “marca registrada” do cristão não é o nome da denominação, nem o nome de família, nem o cargo que ocupa na igreja local, mas o amor de Deus no coração e na prática diária. Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.34,35 - grifo nosso). Esta é uma verdade neotestamentária, pouco anotada por grande parte dos evangélicos, inclusive por pastores de grandes igrejas.

    Os verdadeiros cristãos, que esperam a volta de Jesus, não são identificados pelo nome ou razão social da denominação, do ministério ou da igreja. O Senhor Jesus, num de seus discursos, em presença dos seus discípulos lhes apresentou “um novo mandamento”, por assim dizer, o “décimo primeiro mandamento”, que eles não tinham em mente. Conheciam bem os Dez Mandamentos da Lei de Moisés, que também era a Lei de Deus. Ele ressaltou o valor desse “novo mandamento”, que o dever de os seus servos amarem uns aos outros, da mesma forma como Ele nos amou. Essa é a identidade do verdadeiro cristão, preparado para subir no arrebatamento - ter amor pelos seus irmãos em Cristo. E característica ou a marca distintiva do verdadeiros discípulos de Jesus ter amor pelos irmãos.

    Nesse quesito, ou requisito, como estão os crentes no século XXI? Tomemos o exemplo de nosso Brasil. O evangelho tem um crescimento numérico extraordinário. São milhares de igrejas e milhões de crentes, numa dimensão que, segundo estatísticas com projeções do IBGE, em 2014, os evangélicos seriam 25% da população (em torno de 52 milhões de pessoas). No entanto, são evidentes as divergências, as competições e as discordâncias entre igrejas históricas e as chamadas neopentecostais. Não só em termos doutrinários, mas, também em termos comportamentais. Há líderes de grandes igrejas, que, em programas de televisão, abertamente criticam outras igrejas e outros pastores. Isso é falta de ética, e também falta de amor. Atitudes que em nada glorificam a Deus (cf. 1 Co 10.31). Mais triste é ver obreiros que não conseguem sequer saudarem-se com a paz do Senhor. Como estarão esses na vinda de Jesus?

    Se pudéssemos perguntar ao apóstolo João como estarão os crentes que não têm amor a seus irmãos, o que ele nos responderia? Vejamos: “Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas” (1 Jo 2.9). Isto é, quem aborrece a seu irmão, mesmo que esteja numa igreja há muitos anos, nasceu nela, é obreiro, prega bem, canta bem, etc., simplesmente “está em trevas”, ou seja, não é salvo. Acreditamos que, ampliando sua resposta sobre os que não vivem em amor e aborrecem seus irmãos, João nos acrescentaria: “E tem mais, é muito perigoso não amar o irmão por que ‘aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos’” (1 Jo 2.11).

    Se insistíssemos, dizendo: “Apóstolo João, esse não seria apenas um ‘pecado que não é para a morte’, e podemos orar por eles, como o senhor diz em 1 João 5.16?”, o apóstolo, certamente, ficaria mais sério, e responderia: “Meu filho, há muita gente, inclusive pastores, que consideram os maiores pecados a falta de obediência aos usos e costumes, mas muitos desses nem sequer serão reconhecidos na vinda de Jesus. Sabe por quê? Anote: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3. 14,15 - grifo nosso).


    II - Atitudes Errôneas Diante da Vinda de Jesus - no Arrebatamento

    1. Ignorando a Vinda de Jesus
    Em Mateus 24.48, o mau servo diz: “O meu senhor tarde virá”, e passa a viver de modo negligente e desatento, completamente alheio à volta de Cristo. A este, diz o Senhor: “Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separa-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 24.50). Nestes tempos de sinais evidentes da proximidade da vinda de Jesus, há muitos evangélicos brincando de ser crentes. Há obreiros que não mais falam na vinda de Jesus. É negligência espiritual. Quanto aos ímpios, é natural que não levem em conta as advertências da Palavra de Deus quanto à proximidade e surpresa da volta de Jesus. Mas os cristãos não devem descuidar-se dessa realidade espiritual tão significativa.

    2. Escarnecendo das Profecias
    O apóstolo Pedro escreveu: “sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pe 3.3,4).

    O apóstolo deu como resposta o ensino bíblico, que indica a matemática de Deus quanto à contagem dos tempos, dizendo: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8). Pedro envia essa mensagem a pessoas crentes, que estão nas igrejas. Como visto, no capítulo 1, há diversas interpretações quanto ao arrebatamento da Igreja. Há, inclusive, teólogos que dizem que Jesus jamais virá nas nuvens para buscar a sua Igreja (1 Ts 4.17), que isso é apenas uma utopia motivadora para os crentes se comportarem de modo santo. É melhor estar preparado, e conferir os sinais proféticos de acordo com a santa Palavra de Deus.

    3. Traição e Aborrecimento
    E um dos sinais da vinda do Senhor Jesus. Esse comportamento pode levar muitos à condenação eterna. Jesus profetizou: “Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mt 24.10). Qual a causa dessa traição entre os que se dizem cristãos, no tempo da volta de Jesus? Ele responde: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). Não há necessidade de nenhuma pesquisa para constatar, pelas evidências diárias, na mídia e no comportamento humano, que a iniqüidade está generalizada, no mundo todo, e com muita incidência em nosso país.

    Esse aumento da iniqüidade acaba influenciando o comportamento dos crentes negligentes quanto à volta do Senhor. E muitos nem percebem que estão aborrecendo seus irmãos, seja pelo legalismo exacerbado, seja pela inveja, pela calúnia, seja pela maldade e cama- lidade. O apóstolo João anotou que quem aborrece a seu irmão não pode entrar no Reino de Deus: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1 Jo 3.15). Naturalmente, diante de Deus, quem aborrece a seu irmão é um homicida espiritual, passível da penalidade com a perdição, tanto quanto o homicida que tira a vida física de alguém.
    VEJA NO VÍDEO SOBRE ARREBATAMENTO E AS RESSURREIÇÕES BÍBLICAS

    III - Os Dois Tipos de Servos

    Na vinda de Jesus, haverá dois tipos de servos. Os fiéis e os infiéis. Os que fazem a vontade de Deus e os que estão fora de sua vontade. Os que estão no seu lugar e os que estão fora do lugar. Os que estão vigiando e os que estão descuidados, como na parábola das Dez Virgens.
    E Jesus proferiu outra parábola, enfatizando esses dois tipos de crentes. A parábola dos dois servos.

    1. O Servo Fiel
    “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens” (Mt 24.4547). Essa parte da parábola, no meio do Sermão Profético de Jesus, dá a entender que Ele se referia a servos que têm liderança, ou seja, obreiros, pastores, dirigentes de congregação ou de trabalhos, nas igrejas locais, que, no seu conjunto, se forem verdadeiras, formam o todo maior que constitui a Igreja do Senhor. E que deverão prestar contas, de modo “que o Senhor, quando vier, achar servindo assim”. “Primeiro, porque eles são constituídos “sobre a sua casa”. Estar “sobre a casa” é ser líder, mordomo, ou administrador dos bens de seu Senhor. Hoje, a “casa de Deus”, ou “casa de Jesus”, pode ser identificada como uma igreja cristã, que reúne servos ou discípulos de Jesus num determinado lugar. Numa visão mais ampla, ser “servo fiel e prudente” pode-se aplicar a cada crente individualmente, homem ou mulher, que espera a volta do Senhor.

    Esse “servo fiel e prudente” são os líderes ou pastores, que atuam na obra do Senhor com fidelidade e amor. Em segundo lugar, o texto diz que esse servo, elogiado pelo seu Senhor, é constituído “para dar o sustento a seu tempo” sobre a sua casa, ou seja, aos que vivem e trabalham na “casa do Senhor”. Os pastores das igrejas, sejam quais forem elas, pequenas, médias ou grandes, devem ser realmente apascentado- res do rebanho de Jesus. As ovelhas não lhes pertencem. Todo pastor cristão pastoreia ovelhas que não lhes pertencem. E um dia haverão de prestar contas de como as trataram como ovelhas do Senhor. Nesse aspecto, é o apóstolo Pedro quem melhor traduz como deve ser o comportamento dos pastores, como servos fiéis e prudentes: “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória. (1 Pe 5.1-4)

    Essas são as qualidades que devem identificar um “servo fiel e prudente” constituído para cuidar da casa do Senhor. Dando o alimento ao “rebanho de Deus”, agindo, nesse cuidado, sem autoritarismo; trabalhando sem “torpe ganância”, como tantos têm aparecido, em noticiários na mídia, apropriando-se de dinheiros das ofertas e dízimos das igrejas. A cobiça e a ganância têm tornado muitos obreiros em ladrões e corruptos no meio evangélico, causando escândalos ao bom nome do evangelho (Mt 18.7). Ao servo “fiel e prudente”, que lidera a obra do Senhor, está reservado um galardão especial, não concedido a nenhum outro tipo de servo: “a incorruptível coroa de glória”!

    2. O Mau Servo
    “Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá, e começar a espancar os seus conservos, e a comer, e a beber com os bêbados, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 25.48-51). Nesse ponto, na parábola dos dois servos, parece que Jesus quis mesmo exagerar nas qualidades negativas do mau servo. Se, no caso do “servo fiel e prudente”, pudemos relacionar Com os obreiros fiéis, sobre as igrejas cristãs, nesse caso do “mau servo” não é fácil fazer a correlação dessas péssimas qualidades com os líderes da obra do Senhor. Admitimos que há maus servos, ou maus obreiros, à frente de igrejas, como dirigentes, bispos, presbíteros ou pastores. Mas entendemos que são exceções.

    Certamente, tais qualidades não recomendáveis para um servo ou serva de Deus aplicam-se bem a todos os crentes, que estão esperando a volta de Jesus. A exemplo das “virgens loucas”, de Mateus 25, o “mau servo” racionaliza, em função do tempo de crente, ou da história da igreja, ao longo dos séculos, e diz: “O meu senhor tarde virá”. Tal raciocínio leva o crente a se descuidar, e negligenciar sua fé e sua conduta. O que é muito perigoso. Facilmente, esse tipo de pensamento leva o crente a cair em tentação, visto que, descuidado, se esquece de orar e de vigiar como Jesus exortou em Mateus 26.41.

    Há muitos que começam a carreira cristã, mas não a terminam. Em Mateus 24.45, o Senhor destaca a qualidade de fidelidade e prudência do servo que estará esperando a sua vinda. Essas características devem fazer parte da vida dos que entendem que estamos vivendo a geração da última hora, da geração que verá e fará parte do arrebata- mento da Igreja. “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?”.
    VEJA NO VÍDEO SOBRE A GRANDE TRIBULAÇÃO

    Obs. Este estudo trata-se do texto base usado na revista de adultos da Escola Bíblica Dominical. É um estudo mais abrangente do quer a própria lição da Revista de Adulto do primeiro trimestre de 2016.
    Fonte: O final de todas as Coisas
    Autor: Elinaldo Renovato de Lima
    Editora: CPAD
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