Lição 11- Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição 11- Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja

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Introdução
Depois de vermos no capítulo 10 de Hebreus, acerca dos privilégios e responsabilidades para os que fazemos parte da Nova Aliança efetuada pelo sangue de Jesus, veremos no capítulo 11, uma extensa lista de personagens bíblicas, as quais foram verdadeiros gigantes na fé.

Esta lista fala de Abel e sua fé, v. 4: a primeira figura do futuro sacrifício do Cordeiro de Deus, Gn 4.1-15. A fé de Enoque, vv. 5-6: num mundo apóstata, andou com Deus, como Adão o fizera no Éden, Gn 5.21-24.

A fé de Noé, v. 7: prosseguiu na construção da arca quando ninguém compreendia a utilidade dela, Ga 6.14-22; A fé de Abraão, vv. 17-19: partiu, sem saber para onde, para achar a cidade de Deus, e dispôs-se a sacrificar o filho, confiando que o Senhor lhe restituiria vivo, Hb 8.10; Gn 12.1-7; At 7.2-5; Gn 22. A fé de Sara, vv. 11-12: creu no que a princípio, rindo, achou impossível, Gn 17.19; 18.11-14. A fé de Isaque, v. 20: predisse o futuro, Gn 27.27-29. A fé de Jacó, v. 21: que Deus cumpriria Sua promessa, Gn 49. A fé de José, v. 22: desejou repousar na futura pátria do povo de Deus, Gn 50.25. A fé de Moisés, vv. 23-29: viu Aquele que é invisível, v. 27; Êx 2.2,10,11; 12.21,50; 14: 22-29. A fé de Josué, v. 30: caíram os muros de Jericó, Js 6.20. A fé de Raabe, v. 31: lançou sua sorte com Israel, Js 2.9; 6.23. A fé de Baraque, v. 32: subjugou reinos, Jz 4. A fé de Gideão, v. 32: fez-se poderoso em guerra, Jz 7.21. A fé de Sansão, vv. 32, 34: da fraqueza tirou força, Jz 15.19; 16.28. A fé de Jeftá, v. 32: pôs em fuga exércitos estrangeiros, Jz 11. A fé de Davi, v. 32: alcançou promessas, 2 Sm 7.11. A fé dos profetas, v. 32: Daniel fechou as bocas dos leões, Dn 6.22; Jeremias foi torturado, Jr 20.2; Elias e Eliseu ressuscitaram mortos, 1 Rs 17; 2 Rs 4; Zacarias foi apedrejado, 2 Cr 24.21; Isaías foi "serrado ao meio", reza a tradição. Todos morreram crendo num país melhor, no além.

I. A FÉ DE ACORDO COM O ESCRITOR DA CARTA AOS HEBREUS

ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem (Hb 11.1)”.
1. O firme fundamento.
Fundamento aqui significa muito mais que a mera certeza humana, fruto da lógica, ou do exercício da futurologia. Na visão cristã, tem o sentido de certeza inabalável, ou seja, temos convicção de que servimos a um Deus onipotente, onisciente e onipresente, que vela por sua Palavra para a cumprir (Jr 1.12; Is 43.13). Significa também certeza absoluta a respeito da nossa salvação. Ver 1Jo 3.2. Assim, a certeza é o primeiro elemento essencial da verdadeira fé, isto é, “a fé que é por Ele” (At 3.16).

2. Das coisas que se esperam.
“A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam...”. O segundo elemento essencial da fé é a esperança. Esta é consubstanciada na forte convicção de que aquilo que se espera da parte de Deus há de acontecer sempre, independente das circunstâncias. Abraão creu que teria um filho segundo a promessa divina, fruto de sua união com Sara, mesmo quando a lógica humana dissesse o contrário.

3. A prova das coisas que não se veem.
A “prova” tem o significado de “convicção”, que é o terceiro elemento da fé. Aqui temos um ponto muito importante a considerar. Pessoas há que manipulam este texto para justificar a prática mística do que eles chamam de visualização mental para obtenção do que se deseja. Nesse meio estão certas ramificações da Confissão Positiva. Tal prática não tem apoio nas Escrituras Sagradas. No contexto do capítulo 11 de Hebreus, “as coisas que não se veem” são as coisas de Deus, “os bens futuros” (Hb 9.11), “as melhores promessas” (Hb 8.6). Isso porque tais “coisas” foram prometidas por Deus em sua Palavra, e esta não pode falhar em nenhuma hipótese. Há “crentes” que, iludidos pelo seu próprio coração, asseveram que podem aplicar esse texto (v.1) a qualquer coisa. Por exemplo: “eu creio que Deus vai me dar um carro novo, e uma bela casa”. Ora, isso é um desejo, mas não uma promessa de Deus. Pode tornar-se real ou não. É algo condicional e circunstancial.

4. Características da fé de acordo com Hebreus (11.1).
O versículo 1 é muitas vezes citado como uma definição de fé, porém, na realidade é mais uma explicação das características da fé. Em poucas palavras, a fé é simplesmente confiança em Deus e sua palavra (Rm 10.17). Parafraseando o versículo, poderíamos dizer: ‘A fé significa que somos confiantes; temos a certeza (algo que serve de base ou apoio a qualquer coisa, como um alicerce, um fundamento, uma promessa ou um contrato) daquilo quer esperamos receber, a convicção da realidade das coisas invisíveis’.
Foi com essa atitude de fé que, naquele tempo, os heróis enfrentaram o futuro e aprenderam as coisas invisíveis. Os antigos alcançaram testemunho e o próprio Deus também testificou da fé que possuíam, a qual superou todos os obstáculos, sendo seus feitos registrados na Bíblia como homens de fé (v.2).
A crença em Deus como Criador de todas as coisas do universo é imprescindível para a vida de fé, qualquer que seja sua manifestação (v.3). ‘Por isso, em primeiro lugar, o autor declara essa ação primária da fé, pela qual chegamos à plena certeza de que o mundo - a História e as eras - não resultou do acaso; é uma resposta à expressão da vontade de Deus’.[1]

5. A relevância da fé para o cristão.
ü A fé envolve crer e confiar em Deus de acordo com sua Palavra e promessas, resultando em uma confiança nas “coisas que se esperam” (11.1a).

ü A fé nos habilita a crer que a Palavra de Deus é verdadeira, a desejá-lo e buscá-lo verdadeiramente (ainda que outros não o façam (SI 53.2), e a manter nosso coração aberto a Ele, esperando humildemente com perseverança a recompensa de nossa fé.

ü A fé nos habilita a crer na bondade do caráter de Deus quando as circunstâncias de nossa vida forem severas e adversas. Quanto mais seguro e íntimo for o nosso relacionamento com Deus, mais forte será nossa fé nEle.

ü A fé opera no relacionamento, e não no vazio. Deste modo, a fé busca a face e a comunhão com Deus, como fez Enoque, até mesmo em uma geração excessivamente corrupta (Jd 14,15). E qual é a recompensa para aqueles que buscam diligentemente a Deus? Como com Enoque, é a alegria de encontrá-lo, conhecê-lo, agradar-lhe e apreciá-lo para sempre.

ü A fé como ferramenta para a compreensão da palavra de Deus.

“Pela fé, compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê (Hb 11.3)”.
Existem dois tipos de conhecimento: conhecimento sensorial, isto é, o conhecimento obtido através dos cinco sentidos físicos; e o conhecimento revelatório, isto é, o conhecimento sobre Deus e o reino espiritual, transmitido pelo Espírito Santo para o nosso espírito e entendido pela fé. No reino de Deus a nossa compreensão não vem da mente natural, mas da revelação e da fé.

O teólogo Agostinho escreveu perceptivamente: “O entendimento é a recompensa da fé. Portanto, não procure compreender aquilo em que você deve crer; mas creia, e assim um dia entenderá” (Em Evangelium Johannis tractatus). A revelação e a fé precedem necessariamente a compreensão de que o universo “foi criado pela ordem de Deus (a palavra de Deus, falada).
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II. AS CLASSES DOS GIGANTES DA FÉ NA CARTA AOS HEBREUS

Nesta lista dos gigantes da fé, ou chamados também de heróis da fé, podemos classificar esses gigantes da fé em duas classes. Vejamos.

1. Os lutadores (Hb 11.32-34).
As Escrituras apresentam vários exemplos de lutadores. Eles “venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, neutralizaram a força do fogo, escaparam do fio da espada”, tudo isso pela fé no Todo-Poderoso.

2. Os martirizados (Hb 11.35-37).
Foram os que, na luta pela fé, foram açoitados, apedrejados, presos, aflitos, torturados e mortos: “não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição” (vv.35-37). A história da Igreja registra outros grandiosos exemplos de fé e coragem entre os mártires do cristianismo.

3. Foram homens “dos quais o mundo não era digno (Hb 11.38 – ARC)”.

O “mundo” que não é digno dos homens de Deus é aquele que se opõe ao bem, e que dificulta a inquirição espiritual. Foi para esse mundo que Jesus apontou ao falar sobre a inevitabilidade das perseguições: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim” (Jo 15.18).
Os homens dos quais o mundo não era digno viram de longe as promessas, mas não as alcançaram, “provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (vv.39,40).

Do ponto de vista dos homens, esses heróis da fé eram desprezíveis; por isso, foram presos, torturados e, em alguns casos, mortos. Mas Deus os via de modo totalmente diferente e afirmou que o mundo não era digno deles! O apóstolo Paulo é um bom exemplo disso. Festo declarou que Paulo estava louco (At 26.24). Os judeus afirmaram que ele não deveria viver (At 22.22). O próprio Paulo relatou: "temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos" (1Co 4.13). No entanto, o apóstolo foi um vaso escolhido de Deus, provavelmente o maior cristão que já viveu!

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[1] Comentário Bíblico - Hebreus, CPAD, pág.158.

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