Lição 11 - A Ressurreição de Jesus Cristo


Observação. Este artigo é um subsídio para ajudar os professores na ministração da lição 11 – Classe de Jovens | 1° Trimestre de 2018.
1. RESSURREIÇÃO AO TERCEIRO DIA
O fato de textos dos evangelhos registrarem que a ressurreição ocorreu após três dias ou também no terceiro dia já é suficiente para algumas pessoas questionarem a veracidade do relato da ressurreição. Todos os evangelhos registram que Jesus foi crucificado, morto e sepultado rapidamente na sexta-feira, antes do pôr do sol. O pôr do sol é o começo do dia seguinte para os judeus.

A ocorrência da ressurreição de Jesus é registrada pelos evangelistas como ocorrida no domingo, antes do nascer do sol. Portanto, Ele morre na sexta-feira, passa a noite de sexta-feira, que já é o início do segundo dia, fica o dia de sábado no túmulo, chega o pôr do sol do sábado, que já é o início do terceiro dia, e antes que sol nascesse ele ressuscita. Assim, Jesus fica na sepultura duas noites inteiras, um dia inteiro e parte de dois dias. Portanto, na contagem dos judeus, no terceiro dia depois da sexta-feira.
a) McDowell utiliza o texto de Mateus para argumentar sobre a ressurreição no terceiro Dia.

Mateus esclarece esse uso idiomático. Depois que os fariseus contaram a Pilatos a predição de Jesus, de que “Depois de três dias Ele ressuscitaria”, eles lhes pediram uma guarda para o túmulo “Até o terceiro dia.”

Se a frase “após três dias” não tivesse substituído a expressão “terceiro dia”, os fariseus teria pedido uma guarda para o quarto dia! Que a frase “um dia e uma noite” era a expressão idiomática usada pelos judeus para indicar um dia, mesmo quando indicava somente parte de um dia pode ser visto também no Velho Testamento. […] O dia judaico se inicia às 18 horas. […] Qualquer tempo depois das 18 horas de sexta até sábado às 18 horas, também seria “um dia e uma noite”. Do ponto de vista judaico, seriam “três dias e três noites” de sexta-feira à tarde até domingo de manhã. (MCDOWELL, 1994, p.160)

Portanto, considerando a forma de contar os dias e noites dos judeus, não há contradição quando é afirmado que Jesus ressuscitou no terceiro dia.

2. EVIDÊNCIAS CIRCUNSTANCIAIS DA RESSURREIÇÃO

Existem as evidências diretas e as evidências circunstanciais para comparação de um fato.
McDowell traz uma boa explicação, com exemplo prático, sobre a diferença entre as duas formas de evidências:
Por exemplo, em um assalto, o testemunho de uma pessoa que viu o assaltante sacar uma arma e atirar no caixa da loja é um a evidência direta. Mas (1) a comprovação de que o homem foi visto entrando na loja imediatamente antes do tiroteio; (s) uma nota de venda mostrando que ele tinha comprado o revólver; (3) as impressões digitais na arma e na caixa registradora; e (4) um registro balístico mostrando que a bala saiu de sua arma — todas estas são evidências circunstanciais. (MCDOWELL, 1994, p. 140)
Cinco evidências circunstanciais comprovam a ressurreição de Cristo: a igreja, o domingo, o batismo, a ceia do Senhor e a transformação de vida.

(1)  A Igreja, um fenômeno histórico
A igreja surgiu na própria cidade onde Jesus foi crucificado, morto e sepultado. Como já comentado, além de sepultado, o túmulo foi selado e guardado por um destacamento de soldados. Portanto, uma garantia de que corpo inerte poderia ser apresentado para qualquer prova. Como os sacerdotes e demais líderes religiosos judaicos não podiam apresentar o corpo de Jesus, restou-lhes ameaçar os discípulos de morte se anunciassem a ressurreição de Jesus.

No entanto, isso não foi suficiente para calar os discípulos. Se eles não tivessem tanta convicção será que arriscariam suas vidas e de seus familiares? Certo é que o Cristo ressurreto foi pregado no primeiro sermão registrado no livro de Atos dos Apóstolos, isso próximo do túmulo de Jesus. O resultado foi de aproximadamente 3.000 conversões. A segunda pregação teve aproximadamente mais 5.000 conversões.

Independente dos números mencionados, a igreja é formada no mesmo ambiente hostil que levou Jesus a morte. Como poderiam os discípulos de Jesus pregar para as pessoas que conviviam naquele mesmo local e muitos se converterem, a igreja crescer, se não houvesse evidências necessárias para que cressem na ressurreição de Cristo? Como poderia os contemporâneos de Jesus arriscarem suas vidas por uma mentira?

(2) O domingo, um fenômeno sociológico
Os judeus eram nacionalistas e religiosos devotos ao judaísmo. Defendiam tanto a religião como a nação como algo sagrado e intocável. Dentre as principais crenças estava a guarda do Sabbath (Dia de Descanso), o nosso sábado. No entanto, o livro de Atos registra várias vezes que o dia que a igreja passa a se reunir para adoração era o primeiro da semana, ou seja, o domingo, o dia da ressurreição de Jesus. Mudar o dia de adoração (Sabbath) para o primeiro dia da semana (domingo) foi uma decisão radical, considerando a cultura judaica, uma vez que no início da Igreja Primitiva, a grande maioria, era formada de judeus.

Os judeus, mesmo os convertidos ao cristianismo, tinha receio de quebrar a guarda do Sabbath, temendo uma maldição. Para eles deixaram praticamente uma vida de tradição e treinamento religioso teria que ser algo muito impactante. A mudança se deu porque a ressurreição de Jesus foi no domingo. “Não sei de outro evento histórico celebrado 52 vezes por ano” (MCDOWELL, 1994, p. 142). Deste modo, esse fenômeno sociológico (mudança do dia de adoração de sábado para domingo) é uma evidência circunstancial significativa em favor da comprovação da ressurreição de Jesus.

(3) Transformação de vidas (fenômeno psicológico)
Na época seguinte à morte de Jesus, se uma pessoa confessasse sua fé em Cristo como seu Senhor, manifestando crer em sua divindade e, consequentemente, na sua ressurreição, era um risco de vida iminente. Por isso, quando alguém se convertia e se dizia cristão, a sua vida tinha uma transformação radical.

Diferente dos dias atuais, em que se dizer cristão e evangélico já tem se tornado em certos lugares até posição de destaque, prestígio e até sinônimo de poder aquisitivo, na época da Igreja Primitiva era sinônimo de sofrimento e morte. O que se conhece da época são as torturas a que os cristãos eram submetidos, mortes por apedrejamento como a de Estevão (At 6), prisões, ser lançado aos leões nas arenas para entretenimento dos romanos, morte por crucificação, entre outras formas de pressão e opressão. Mesmo com as perseguições, os cristãos não paravam de testemunhar o Cristo ressuscitado. Bornkamm (2005 p. 295) afirma que “[…] onde quer que houvesse testemunhas e comunidades protocristãs e fossem quais fossem as diferenças de sua mensagem e de sua teologia, todas eram concordes na fé e na confissão do ressuscitado”.

No entanto, os cristãos eram pacíficos e entregavam suas vidas em prol do evangelho. Eles não fariam isso se não tivessem convicção da ressurreição de Cristo.

(4) Duas ordenanças de Cristo: o batismo e ceia do Senhor
O batismo é um testemunho público para confissão de fé do novo crente em Jesus e sua ressurreição. O próprio ritual simboliza a morte de Jesus na cruz por meio da imersão do cristão na água, bem como da própria ressurreição de Jesus, como símbolo do ressurgimento em novidade de vida, representado por meio da saída do batizando da água.

O batismo é uma ordenança de Jesus que passou a ser obedecida pela igreja, com base na ressurreição histórica de Jesus e não, simplesmente, em mais um dogma.

Outra ordenança de Cristo que está diretamente relacionada com a ressurreição de Cristo é a chamada Santa Ceia do Senhor. Os dois elementos da ceia são símbolos do corpo de Cristo flagelado em sua morte e derramamento do sangue pelos pecados da humanidade.

O cristão participa da ceia com reconhecimento de que Cristo morreu por ele e ressuscitou em um corpo glorificado, assim como o corpo que ele espera receber um dia. Tomar parte desse ato em memória dEle, até que Ele volte foi uma recomendação de Cristo.

Muitas outras evidências poderiam ser mencionadas, mas essas cinco circunstâncias já dão uma boa mostra de que as mudanças ocorridas por causa do cristianismo não poderiam perdurar por tantos séculos se os primeiros cristãos não tivessem tanta convicção da ressurreição de Jesus, o Cristo.
3. TESTEMUNHOS SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Testemunho angelical sobra a ressurreição de Jesus (Mt 28.1; Lc 24.4; At 1.11).
CURIOSIDADE
Tanto Mateus quanto Marcos mencionam apenas um anjo, mas um podia estar dentro da tumba e outro sobre a porta de pedra, de maneira que Lucas dá um relato mais completo (Lc 24.4).
2. Testemunho das mulheres sobre a ressurreição de Jesus (Mt 28.8; Lc 24.9; Jo 20.11).
3. Testemunho dos discípulos sobre a ressurreição de Jesus (Mt 28.16; Lc 24.13-45; Jo 20-21).
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Conclusão (1Co 15.3-7)
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze. Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos.

Alguns exemplos das aparições de Cristo após a ressurreição: a Pedro (Lc 24.34); ao primeiro grupo de apóstolos e discípulos, conhecido como “Os Doze” (Lc 24.36-43; Jo 20.19-23), a mais de quinhentos discípulos na Galiléia (Mt 28.10-20).

Fontes:
- Seu Reino não Terá Fim – PR. Natalino Das Neves
- Bíblia DAKE
Este subsídio foi adaptado por www.subsidiosebd.com

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