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Lição 2 - DEUS CONTAVA COM ISAÍAS (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis 2024

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 2 - DEUS CONTAVA COM ISAÍAS


VERSÍCULO CHAVE:

“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui. envia-me a mim," (Isaias 6.8)

LEITURA DIÁRIA:

Is 25.8 A morte será aniquilada

Is 53.4,5 Ele tomou sobre si as nossas dores

Mc 1.2 Deus cumpre a mensagem de Isaias

Jo 12.9 O Messias estava ali

Rm 10.16 Senhor, quem creu na nossa pregação?

At 28.24-26  Espírito Santo falou aos nossos pais

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Isaías 6.1-11

1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.

2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.

3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.

4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.

5 Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos!

6 Mas um dos serafins voou para mim

trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;

7 e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.

8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.

9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.

10 Engorda o coração deste povo, e enderece-lhes os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.

11 Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo.

 

CONECTADO COM DEUS

O ministério profético está presente em toda a Escritura Sagrada como voz de Deus para orientar o seu povo. Quando os reis precisavam tomar decisões importantes, consultavam os profetas em busca de uma palavra da parte de Deus. 0 profeta Isaías, por exemplo, exerceu o ministério profético nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is 1.1). No entanto, no ano em que o rei Uzias morreu, ele teve um encontro diferente com Deus que mudou completamente a sua vida e ministério (Is 6.1). Você gostaria de viver uma experiência similar à de Isaías? Gostaria de ser portador da mensagem do Altíssimo para esta geração? Que tal orar a respeito disso?!

1. O PROFETA MESSIÂNICO

1.1. Origem

O profeta Isaías é conhecido na Bíblia como o filho de Amoz. Segundo a tradição, Isaías era oriundo de uma família influente em Jerusalém. Por essa razão, ele tinha fácil acesso ao palácio do rei, bem como proximidade com o sumo sacerdote. Ainda de acordo com alguns historiadores, Isaías era primo do rei Uzias e, por isso, estaria familiarizado com a cidade de Jerusalém. Isaías casou-se com uma profetisa e teve dois filhos a quem deu os nomes de Sear-Jasube, que significa “um remanescente deve retornar” (Is 73). e Maher-shalal-hash-baz, que quer dizer “apressando-se sobre a presa” (Is 8.1-3). Os nomes eram prenúncios de eventos que ocorreriam naqueles dias.

 

1.2. Contexto social

Isaías profetizou durante o reinado de quatro reis que governaram Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is 1.1). Quando Isaías ainda era jovem, presenciou um período de prosperidade e poder de Judá sob o reinado de Uzias. Entretanto, durante o reinado de Jotão, iniciou-se um cerco assírio nas cidades circunvizinhas a Judá. Foi então que, durante o reinado de Acaz, que Re- zim, rei da Síria, fez aliança com Peca, rei de Israel, para resistir à opressão da Assíria. Para tanto, eles tentaram obrigar a Judá que se unisse a eles. Acaz recusou participar da coalisão e enfrentou uma grande batalha contra esses dois reinos (2 Rs 16.5; Is 75).

 

Depois disso, foi no reinado de seu filho Ezequias que a história de Judá tomou um novo rumo. Ezequias iniciou um processo de reforma espiritual e removeu os lugares altos com seus altares de sacrifício aos ídolos (2 Rs 184,22). Foi nesse tempo que o profeta Isaías profetizou acerca da morte de Ezequias. Este, porém, clamou muito ao Senhor e humilhou-se de modo que Deus acrescentou-lhe mais quinze anos de vida (Is 38).

 

1.3. Mensagens de julgamentos e promessas

Um episódio que marcou o ministério de Isaías foi a mensagem da parte de Deus a respeito da afronta sofrida por meio das cartas do rei Senaqueribe, da Assíria, enviadas a Judá (Is 36). O Senhor prometeu ferir o exército assírio, e nenhuma flecha seria atirada contra a cidade. Assim aconteceu, pois o Anjo do SENHOR feriu os 185 mil soldados assírios, de modo que fez cessar a tentativa de invasão a Jerusalém. O rei assírio, então, voltou para sua terra e, posteriormente, foi morto pelos próprios filhos (2 Rs 19.35).

 

Após a morte de Ezequias, seu filho Manassés assumiu o trono e desfez todas as reformas que o seu pai havia feito. Seus 55 anos de governo são considerados petos estudiosos o pior período de apostasia do povo de Deus. Em consequência disso, Isaías lhe fez forte oposição.

O livro do profeta Isaías é marcado ainda por muitas outras profecias importantes que já se cumpriram, inclusive, aquelas que tratam a respeito do Messias. Outras ainda estão por se cumprir na dispensação dos tempos.

 

2. O ENCONTRO COM DEUS

2.1. A visão no Templo

No ano em que morreu o rei Uzias (740 a.C.), o profeta Isaías teve uma visão gloriosa no Templo. Ele viu o Senhor, o grande Rei, assentado sobre um alto e sublime trono (Is 6.1). Os serafins voavam ao redor do trono e declaravam: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6.3).

 

A visão trouxe ao coração do profeta o sentimento de indignidade diante da santidade divina. Prontamente, Isaías reconheceu ser um homem de lábios impuros que habitava no meio de um povo também de impuros lábios. Observe que o profeta confessa a sua condição inapropriada para estar na presença de Deus e conclui, dizendo: “Ai de mim” (v. 5). O lamento do profeta por sua triste condição espiritual expressa a completa necessidade da misericórdia divina. Quantas vezes não somos surpreendidos pela presença gloriosa de Deus e nos sentimos incapazes de desfrutá-la? No entanto, a Palavra de Deus nos garante que aquele que confessa o seu pecado e o deixa alcança a misericórdia (Pv 28.13).

 

2.2. A purificação do profeta

A visão fez com que Isaías percebesse que a sua condição espiritual não era apropriada para o chamado ministerial profético. Contudo, após se reconhecer como pecador indigno, o profeta levantou os olhos e teve uma nova experiência. Um serafim de Deus se aproximou trazendo uma brasa viva tirada do altar com uma tenaz - uma espécie de ferramenta com duas hastes, semelhante a uma pinça. Quando tal brasa tocou os lábios do profeta, ele foi purificado da sua impiedade (Is 6.6, 7).

 

A provisão de Deus ao purificá-lo aponta para o quanto somos dependentes da graça divina. Não há nada que 0 homem possa fazer para livrar-se da condenação do pecado. Somente o sangue de Jesus pode purificá-lo de todo pecado (1 Jo 1.7).

 

2.3. O chamado

Após a purificação divina, o profeta tornou-se idôneo para cumprir o chamado de Deus. O exemplo do profeta Isaías nos mostra que o chamado ministerial deve andar lado a lado com a santidade, Ser instrumento de Deus para levar as pessoas a se aproximarem dEle é um privilégio. Entretanto, cumprir esse chamado sem a devida fidelidade às Sagradas Escrituras é incoerente. Esse comportamento expressa a compreensão errônea da graça e do caráter justo e santo de Deus. Por esse motivo, até mesmo aqueles que, a partir da era neotestamentária, exercem ministérios ou administram dons espirituais sem reverenciarem o Espírito da graça, correm o risco de um dia ouvirem do Senhor: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.23).

 

3. UM ARAUTO COM OS AVISOS FINAIS

A natureza da mensagem pregada por Isaías ao orgulhoso reino de Judá consistia em denunciar o formalismo religioso e as injustiças da liderança de seu tempo, os quais contaminavam toda a nação. Embora seguissem os ritos sagrados, era um povo que se aproximava de Deus para honrá-lo apenas com os lábios, mas com o seu coração distante da retidão (Is 29.13). Por essa razão, a vida religiosa da nação encontrava-se vazia de Deus e cheia de pecados. A mente dos judeus estava cauterizada e certa da impunidade. A mensagem de Isaias vinha de encontro a esse destemor ao Senhor, que sonda profundamente não só as atitudes, mas, sobretudo, as motivações dos corações.

 

4. A SALVAÇÃO DO MESSIAS

Finalmente, a maior de todas as mensagens abordadas no livro de Isaías é aquela que diz respeito ao Messias prometido. Chama a atenção o grande número de profecias acerca do Senhor Jesus, sua humilhação e, posteriormente, sua glorificação. Em razão disso, o profeta Isaías é conhecido pelos estudiosos como o “profeta messiânico”. Em seu livro, encontramos profecias a respeito de nosso Senhor quanto:

1. Ao seu nascimento (Is 714: 9.6):

2. Vida e ministério: (Is 8.14: 22.22: 35.5,6:61.1-3):

3. Sofrimento: (Is 50.4-11: 52,13—53);

4. Morte e ressurreição: (Is 25.8; 26.19). Ele é anunciado como a Luz para os gentios (Is 49 6). E, por fim, Isaías relata a forma como o Messias seria ferido e, como um cordeiro, levado ao matadouro (Is 53.4-7). Ele é aquEle que vi ria a ser a razão da nossa salvação.

 

PARA CONCLUIR

A mensagem do profeta Isaías revela o juízo de Deus sobre a certeza da impunidade que o povo de Judá trazia em seu coração. Deus não se deixa escarnecer, Ele requererá a prestação de contas de cada ação, Isaías, de pecador de lábios impuros, tornou-se um dos profetas mais precisos quanto ao surgimento, vida, ministério e morte do Messias. Seu exemplo nos revela que, quando o chamado de Deus é levado a sério, mudanças significativas acontecem.

 

HORA DA REVISÃO

1. Segundo a tradição, qual a razão do fácil acesso do profeta Isaías à liderança política e religiosa de Judá?

2. Onde e como foi a visão dada por Deus a Isaías, no ano em que morreu o rei Uzias (740 a.C.)?

3. O que aconteceu a Isaías, quando o serafim de Deus trouxe uma brasa viva, tirada do altar?

4. No que consistia a natureza da mensagem pregada por Isaías ao orgulhoso Reino de Judá?

5. Sobre o que diz respeito a maior de todas as mensagens de Isaías e o que chama atenção no livro?

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Lição 1 CONHECENDO OS PROFETAS MAIORES (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical |Lição 1 CONHECENDO OS PROFETAS MAIORES

VERSÍCULO-CHAVE:

Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros: crede nos seus profetas e prosperareis ” (2 Crônicas 20.20)

LEITURA DIÁRIA

SEG. Is 6.1 Eu vi o Senhor

TER. Jr 1.11,12 O Senhor vela pela sua palavra para a cumprir

QUA. Ez 2.3 Uma mensagem para as nações rebeldes

QUI. Mt 4.14-16 O cumprimento da profecia de Isaías

SEX. Dn 10.1 Uma palavra foi revelada ao profeta Daniel

SÁB. Jo 12.38 Quem creu na nossa pregação?


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Reis 17.13-19, 23

13 E o SENHOR protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas.

14 Porém não deram ouvidos: antes, endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus.

15 E rejeitaram os estatutos e o concerto que fizera com seus pais, como também os testemunhos com que protestara contra eles: e andaram após a vaidade e ficaram vãos, como também após as nações que estavam em roda deles, das quais o SENHOR lhes tinha dito que não fizessem como elas.

16 E deixaram todos os mandamentos do SENHOR, seu Deus, e fizeram

imagens de fundição, dois bezerros: e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal.

17 Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros: e venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira.

18 Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da sua face: nada mais ficou, senão a tribo de Judá.

19 Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu Deus: antes, andaram nos estatutos que Israel fizera.

23 Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo ministério de todos os seus servos, os profetas: assim, foi Israel transportado da sua terra à Assíria, onde permanece até ao dia de hoje.


CONECTADO COM DEUS

Ao longo da história bíblica, vimos que o ministério profético surgiu como uma forma de oferecer ao povo de Deus orientação acerca da vontade divina, bem como adverti-lo contra as práticas que contrariavam a sua Lei. Nesse sentido, o chamado profético, a natureza da mensagem e o caráter desses homens são visivelmente encontrados em seus escritos. A partir deles, os crentes dos dias atuais podem extrair preciosas lições no que diz respeito ao relacionamento com Deus, bem como à fidelidade no exercício ministerial e administração dos dons espirituais.


l. A IMPORTÂNCIA DOS PROFETAS MAIORES

1.1. A profecia era indispensável.

Deus Levantou profetas em momentos de suma importância, haja vista o cenário de degradação moral e espiritual em que se encontravam tanto a nação de Israel, o Reino do Norte, quanto Judá, o Reino do Sul. Após a cisão entre as tribos, os governantes que sucederam os tronos de ambos os reinos não cuidaram de guardar a Lei de Deus e o compromisso com a religião mosaica. Com o passar dos anos, a maldade, a idolatria e as injustiças sociais tomaram o coração e o governo dos reis, levando ao desvio do povo.

 

1.2. Quem eram os profetas?

Diante de circunstâncias morais caóticas, Deus escolhe, separa e inspira homens para trazerem uma mensagem de advertência aos governantes e a toda a nação. Eles receberam a missão de conscientizar o povo a respeito da necessidade de arrependimento.

 

Para que o desvio das Leis de Deus não levasse à destruição de toda a nação, a verdadeira religião deveria ser restaurada, a santidade restabelecida, e a aliança com Deus renovada. No entanto, não poucas vezes, mesmo o Senhor enviando os seus profetas para protestarem contra o pecado, mais distante o seu povo se colocava, chegando ao ponto de perseguirem e até matarem os mensageiros de Deus.

 

A corrupção se mostrou tão intensa que, em algumas ocasiões, até mesmo os próprios filhos eram oferecidos a Moloque, uma divindade que recebia sacrifício de crianças. Deus se indignou de tal maneira com as práticas pecaminosas do seu povo que não restou alternativa a não ser enviar nações mais poderosas do que Israel e Judá para dominá-los e subjugá-los em cativeiro (2 Rs 17; 24—25).

 

1.3. O Julgamento de Deus.

No ano 722 a.C., Israel foi invadido pela Assíria, que os dominou por completo, desfazendo para sempre a nação, capturando suas terras e trazendo outros povos para ocupá-las, de modo que o Reino do Norte perdeu a sua pureza étnica e, sobretudo, o título de nação separada por Deus (2 Rs 17.6, 24; 18.11). Semelhantemente, Judá, embora tenha sido preservada como a lâmpada de Davi que permaneceu acesa pela mão de Deus, também sofreu o castigo por sua rebelião (2 Rs 25.1-11).

 

Após o Senhor enviar seus servos, os profetas, para adverti-Los por permanecerem em iniquidade, Deus usou os babilônios, liderados pelo rei Nabucodonosor, que devastou a terra de Judá, colocou seu trono em Jerusalém e Levou os judeus para o cativeiro na Babilônia (605-586 a.C.) (2 Rs 24.8-17; 2 Cr 36.5-10).

 

Mesmo assim, o Senhor continuou a levantar seus servos, os profetas, agora com a promessa de restauração espiritual e territorial, à medida que o povo remanescente se arrependesse e decidisse renovar sua aliança com Deus (Jr 25.11; 29.10-19).

2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROFETAS MAIORES

2.1. O exercício do ministério profético.

Na Bíblia, o exercício do ministério profético ocorreu ao menos de duas maneiras. Em primeiro Lugar, os profetas que exerceram seus ministérios quando foram chamados exclusivamente por Deus para protestarem contra as desobediências e maldades praticadas pelos reis. Dentre esses, podemos citar Elias e Eliseu. Há também aqueles que exerceram o seu ministério registrando os eventos que ocorreram, assim como as mensagens proclamadas em suas respectivas épocas, os quais recebem o nome de "profetas Literários ou escritores".

 

Na organização do cânon bíblico, os Livros dos profetas foram ordenados levando-se em conta o período e o estilo Literário apresentado por seus escritos. O título “profetas maiores", por exemplo, nada tem a ver com a relevância ministerial em relação aos demais profetas, e sim pelo fato de seus escritos comportarem maior quantidade de textos (capítulos e versículos). Essa seção da Bíblia é composta por 5 Livros que levam o nome dos seus respectivos escritores, a saber: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.

 

2.2. O período do ministério profético em Israel e Judá.

O período de atuação dos profetas ocorreu em dois cenários demarcados por um evento que mudou completamente a realidade da nação. Estamos falando do cativeiro babilônico, que durou 70 anos, conforme a profecia de Daniel, e teve seu término após o retorno dos judeus para Jerusalém. Nesse sentido, encontramos na história bíblica os profetas pré-exílio babilônicos e os profetas pós-exílio babilônico.

 

No caso dos profetas maiores, o exercício de seus ministérios se deu no período pré-exílio ou mesmo durante o cativeiro como é o caso de Ezequiel e Daniel. Ambos foram transportados para o cativeiro na Babilônia. (Ez 1.1-3; Dn 1.1-6).

 

Os profetas anunciaram a mensagem bíblica com o propósito de advertir, complementar o ensino, encorajar, consolar, denunciar a injustiça e anunciar o juízo. Como mencionamos anteriormente, a triste condição espiritual na qual se encontrava o povo de Deus exigiu de seus profetas a consistência necessária para anunciar com firmeza a mensagem divina. Por isso, não retrocediam, mesmo sofrendo prisões, agressões, traições e, por fim, até mesmo a morte por serem fiéis ao Senhor (Jr 254:444,5: Lc 13.34).

 

3. A ESTRUTURA DOS LIVROS

Na biblioteca dos profetas maiores, os três primeiros Livros constituem em si a maior porção dos escritos proféticos, inclusive, maior até mesmo do que todos os 12 Livros dos profetas menores, considerando a extensão dos textos juntos.

 

Vejamos como os profetas maiores estão estruturados:

Isaías — este é o primeiro Livro desta divisão bíblica. Trata-se de uma obra rica em profecias messiânicas. Seus escritos constituem a maior parcela de profecias que se cumprem ao Longo do ministério de Jesus e, por essa razão, Isaías é conhecido como o profeta messiânico.

 

O Livro traz também uma série de mensagens com advertências, conforto e esperança, assim como enfatiza o caráter de Deus e o seu propósito revelado no Antigo Testamento. Isaías é o mais Longo dos Livros proféticos e o mais citado no Novo Testamento. Sua Linguagem sugere uma profunda intimidade do profeta com Deus (Is 1.1, 2: 2.1-5: 6).

 

Jeremias — O profeta Jeremias profetizou durante os últimos quarenta anos da história de Judá, Reino do Sul, antes do Cativeiro Babilônico. Ele Lamentou com tristeza a condição em que se encontrava o Reino do Sul, mesmo após sucessivas admoestações. Este profeta advertiu a nação de Judá acerca do desastre iminente que viria do Norte (cativeiro babilônico), em razão do abandono à verdadeira religião e da negligência quanto às injustiças sociais dominantes. 0 tema central de seu Livro é obstinação, cativeiro e restauração dos judeus (Jr 1.1-3,13-19).

 

Lamentações — Este Livro consiste em uma série de clamores de Jeremias em favor dos judeus e uma descrição das aflições sofridas pelo povo nos tempos em que a cidade de Jerusalém foi invadida pelos babilônios. O Livro termina com um último clamor para que Deus possa se Lembrar do remanescente de Israel e restaurá-Lo (Lm 5.18-22).

 

Ezequiel — O Livro de Ezequiel é uma mensagem aos judeus que se encontravam no exílio babilônico, assim como ao remanescente que permaneceu em Jerusalém. Em seus escritos, o profeta denuncia o fracasso da vida moral e espiritual do povo eleito. Entretanto, anuncia também a sua restauração, personificada no vale de ossos secos. Da mesma maneira que os ossos reviveram, Deus prometeu restaurar espiritualmente a Casa de Israel (Ez 37.1-14).

 

Daniel — Neste Livro, o profeta que foi Levado ainda jovem para a Babilônia juntamente com seus conterrâneos Ananias, Misael e Azarias, é instituído como autoridade de alta patente no Império Babilônico e recebe da parte de Deus profundas revelações sobre o futuro de Israel e das nações (Dn 1; 2.46-49).

 

PARA CONCLUIR

De modo geral, a mensagem revelada aos profetas tinha como pretensão a restauração da comunhão com Deus. O povo que foi escolhido e separado para viver os propósitos divinos deveria permanecer na aliança abraâmica, guardando os ensinamentos da Lei Mosaica. Semelhantemente, nos dias atuais, Deus espera que os seus servos apresentem um estilo de vida que sirva à sociedade atual como modelo de relacionamento com Deus (Fp 2.14—16; 1 Pe 2.9,10).

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual era a missão dos profetas no Antigo Testamento?

2. Qual foi o principal castigo enviado por Deus sobre os reinos de Israel e Judá?

3. A respeito do cânon bíblico dos Livros dos profetas, quais foram os critérios que definiram a forma como os Livros foram organizados?

4. Como o profeta Isaias é conhecido na Bíblia e por qual razão?

5. Qual o tema central do Livro de Jeremias?

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Lição 2: O contexto da Profecia de Isaías

10/07/2016
Obs. Lição Bíblica do 3° trimestre de 2016 – classe de Jovens.
TEXTO DO DIA
"Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas," (Is 1,17)
SÍNTESE
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Lição 1: Conhecendo o Livro de Isaías

Obs. Lição Bíblica do 3° trimestre de 2016 – classe de Jovens.
TEXTO DO DIA
'Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a
neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." (Is 118)
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