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Lição 10 Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Lição 10 Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes |9 de Juno de 2024

O DIA DO PASTOR

TEXTO ÁUREO

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)

VERDADE PRÁTICA

Na jornada para o Céu, devemos estar conscientes a respeito da necessidade de ter uma vida santa para nos encontrarmos com o Senhor.


LEITURA DIÁRIA

Segunda - Jo 17.17

A Palavra de Deus gera verdadeira santidade

Terça - Rm 6.19-22

Um chamado para a santificação na jornada

Quarta - Rm 8.29; 1 Jo 3.2

O propósito de ser como Jesus

Quinta - 1 Co 6.11

A santificação inicial na jornada

Sexta - Ef 4.20-24,27-30

A santificação progressiva na jornada

Sábado - 1 Ts 4.13-18

A glorificação final após a jornada da vida cristã


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Pedro 1.13-21

13 - Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo,

14 - como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;

15 - mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,

16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,

18 - sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,

19 - mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,

20 - o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;

21 - e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.


Hinos Sugeridos: 39, 175, 339 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A santidade é um atributo pelo qual o Senhor se faz conhecido. Ter consciência de que Deus é santo implica ao crente tornar-se santo também para que possa manter-se em comunhão com o Criador durante a jornada para o Céu. Nesta lição, veremos a perspectiva bíblica de santificação, bem como os estágios da santificação. Veremos também que a santidade é acompanhada da justiça, atributos divinos que não se contradizem.

 

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a perspectiva bíblica da santificação;

II) Descrever a abrangência dos estágios da santificação;

III) Distinguir a santidade e a justiça de Deus como atributos inerentes à sua natureza.

 

B) Motivação: A santificação é um processo contínuo na vida do crente. Ter uma vida santa é viver separado das práticas pecaminosas deste mundo. A mente do homem natural não entende as coisas do Espírito e acha estranho os crentes não seguirem o mesmo curso natural de pecados. Converse com a classe sobre a forma como o crente lida com as pessoas que não professam a fé em Jesus.

 

C) Sugestão de Método: O segundo tópico da lição elenca os três estágios que a santificação abrange. Escreva na lousa os respectivos títulos em três colunas: estágio 1 - estágio 2 - estágio 3. Com a colaboração dos alunos, abaixo de cada coluna, escreva as características pertinentes a cada estágio da santificação. Ao final, reforce que a santificação tem como objetivo que o crente tenha o seu caráter transformado a fim de que se torne cada vez mais parecido com Jesus.

 

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Durante a jornada rumo à eternidade o crente não pode perder a consciência da santidade divina. É a partir da percepção de que Deus é santo que o crente prossegue em santidade e nutre uma vida de rejeição ao pecado. O fato de desfrutarmos o amor de Deus não nos isenta da consciência de que o juízo virá sobre as obras infrutuosas das travas as quais não podemos compartilhar. 

 

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p. 41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

 

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto "Santo", localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão sobre a santidade como atributo divino; 2) O texto "A Adoção de Atitudes Cristãs", ao final do segundo tópico, amplia a reflexão sobre a conduta cristã, inclusive, quanto ao exercício da santificação.

 

INTRODUÇÃO

A palavra “consciência” nos remete a ideia de percepção a respeito de algo que está em nossa volta, é o estado em que estamos despertos, acordados e lúcidos no tempo presente e, por isso, sabemos que existimos. Desse jeito, o crente em Jesus, que iniciou a sua jornada de fé com Cristo, deve estar consciente a respeito de viver uma vida santa, sem a qual, a Bíblia afirma: “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Nesta lição, estudaremos a importância da santidade em nossa jornada para o Céu.

 

PALAVRA-CHAVE: Santidade

 

I – A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO

1. Santificação no Antigo Testamento.

Do hebraico qôdesh, santidade é um substantivo masculino que significa “sacralidade”, “posto à parte”, que pode se referir a Deus, aos lugares, coisas, algo à parte, separado. Essa palavra deriva da raiz verbal hebraica qadash, que traz a ideia de “consagrar”, “santificar”, “preparar”, “dedicar”, “ser consagrado”, “ser santo”, “ser santificado”, “ser separado”. Nesse sentido, a palavra qôdesh aparece cerca 469 vezes no Antigo Testamento como santidade (Êx 15.11), coisa santa (Nm 4.15), santuário (Êx 36.4). Outrossim, o adjetivo qâdôsh, muito presente no Pentateuco, os primeiros livros da Bíblia, traz a ideia de um dia, uma pessoa ou uma nação inteiramente consagrada, separada, santificada a Deus (Gn 2.3 Êx 19.6).

 

2. No Novo Testamento.

O verbo grego hagiadzô, quer dizer “santificar”, traz a ideia de “tornar santo”, “purificar ou consagrar”, “venerar”, “ser santo”. Esse termo abrange o sentido de o crente tornar-se puro, de modo a estar purificado e santificado por obra graciosa do Espírito Santo (1 Co 6.11). Nesse sentido, no Novo Testamento, a santidade operada na vida do crente é uma obra autêntica do alto (Ef 5.26; 1 Ts 5.23).

 

3. A santidade exigida pela Palavra.

Em nossa jornada cristã rumo ao Céu, a Palavra de Deus exige santidade em todas as áreas de nossa vida. Isso porque a palavra da verdade nos santifica (Jo 17.17). Desse modo, o crente em Jesus não pode ter compromisso com o comportamento pecaminoso, visto que em sua lida diária, ele tem um compromisso de buscar um estilo de vida santo, pois sabe que sem ele não podemos ver o Senhor (Hb 12.14).

SINÓPSE I

A Palavra de Deus aponta o estilo de vida santo sem o qual não podemos agradar a Deus.

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Santo

“Santidade é um atributo de Deus e de tudo o que é adequado para associação com Ele. Somente o Senhor é intrinsecamente santo (Ap 15.4). Deus Pai é santo (Jo 17.11), assim como o Filho (At 3.14), ao mesmo tempo que ‘Santo’ é a designação característica do Espírito de Deus (Sl 51.11; Mt 1.18). O nome de Deus é santo (Lc 1.49), assim como o seu braço (Sl 98.1), caminhos (Sl 77.13) e palavras (Sl 105.42).


Com referência ao próprio Deus, a santidade pode indicar algo como a sua singularidade e está associada a atributos como a glória (Is 6.3), justiça (Is 5.16) e zelo, ou seja, a preocupação com a sua reputação (Js 24.19).

A morada de Deus é no Céu (Sl 20.6), e ‘santo’ funciona em alguns contextos como equivalente virtual de celestial (11.4). O trono de Deus é santo (47.8), e os anjos que o cercam são ‘santos’ (89.5; cf. Mc 8.38). Um corolário da santidade de Deus é que Ele deve ser tratado como santo (Lv 22.32), ou seja, honrado (Lv 10.3), adorado (Sl 96.9) e temido (Is 8.13)” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 452).

 

II – A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS

1. A realidade da santificação.

A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; 1 Ts 4.1-7). Em primeiro lugar, a santificação é um ato de separação do mundo. Em segundo, ela é um processo cujo propósito é levar o cristão a se tornar semelhante ao nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 8.29). Assim, a santificação busca aperfeiçoar o crente de modo que a imagem de Cristo se reflita plenamente em sua vida (2 Co 7.1; Ef 4.12,13; 5.26). Nesse caso, a santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.

 

2. Três estágios da santificação.

Em primeiro lugar, a santificação do crente inicia com o Novo Nascimento, pois por intermédio do Espírito Santo, o crente é declarado justo diante de Deus, completamente regenerado, declarado sem pecado; trata-se da santificação inicial ou posicional (1 Co 6.11). Em segundo lugar, há o estágio progressivo da santificação neste mundo, em que o crente se despoja do “velho homem” e vai se revestindo do “novo homem” até alcançar a perfeita imagem de Cristo (Gl 5.16-18; Ef 4.20-24,27-30). Esse estágio leva ao último: o da glorificação. Esse é o momento em que o crente será como Jesus é (Rm 8.29; 1Jo 3.2) e receberá um corpo ressurreto tal qual o do nosso Senhor, por ocasião da sua aparição após a ressureição (Jo 20.24-29; cf. 1 Ts 4.13-18).

 

3. O alvo da santificação.

Segundo o estudo dos três estágios da santificação, percebemos que o propósito da santificação é tornar o crente perfeitamente coerente com a plenitude do caráter divino (Mt 5.8). Nesse aspecto, todo crente regenerado é chamado por Deus para ouvir, guardar e praticar seus mandamentos, de modo que seja a sua santa habitação de Deus (Jo 14.23).

 

SINÓPSE II

A santificação trata-se de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo.

 

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A Adoção de Atitudes Cristãs

“A obediência tem duas dimensões: a positiva e a negativa. Os filhos de Deus não devem se conformar com os desejos pecaminosos que tinham no passado; antes, devem ‘ser santos’ em tudo que fizerem (1 Pe 1.15). Isso porque aquele que os chamou é santo. Isto é, Deus é o modelo de conduta e comportamento para seus filhos. Obviamente, os filhos de Deus devem refletir a característica de santidade da família — uma característica nitidamente diferente daquela de seu antigo estilo de vida (1.14; 2.1; 4.3). Na terminologia contemporânea, esse relacionamento entre o Pai e a conduta dos filhos é chamado de ‘modelo de conduta’. Essa obrigação de santificação inclui obediência às Escrituras, pois está escrito: ‘Sede santos, porque eu sou santo’ (1.16). [...] Portanto, como salvação é uma questão de graça e aquele que convoca à salvação é santo, torna-se imperativo que os leitores de Pedro também sejam santos. Entretanto, a fim de que possam obedecer a essa ordem, devem adotar atitudes e condutas que estejam de acordo com seu santo modelo. Uma atitude negativa seria insistir em permanecer em sua antiga conduta de desejos pecaminosos (1.14); e a positiva seria ter uma atitude de autocontrole (1.13). Devem assumir a identidade de serem santos (1.15, 16). À medida que o povo de Deus atender a essa ordem de santificar sua vida, adotará novas atitudes em relação ao pecado (2.1-3), ao Estado (2.13-17), à escravidão (2.18-25) e ao casamento (3.1-7)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Romanos-Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 897-98).

 

III – O JULGAMENTO DO DEUS SANTO

1. O Deus Santo.

A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (1 Sm 2.2). Desse modo, a Bíblia afirma enfaticamente que Deus é Santo. Assim, Ele é o nosso parâmetro para uma vida de santidade, conforme registra o texto bíblico: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2; cf. 1 Pe 1.16). Portanto, à luz da santidade de Deus, somos chamados a ser santos em nossa jornada.

 

2. Santidade exigida a todos os crentes.

A Igreja de Cristo neste mundo é o santuário dedicado ao Senhor (Ef 2.21). Por meio do nosso amado Salvador, o Senhor Jesus Cristo, a Igreja foi santificada para apresentar-se gloriosa, santa e sem defeito diante de Deus (Ef 5.26,27). Por isso, como membros do Corpo de Cristo neste mundo, comprados pelo seu precioso sangue, somos exortados e convocados a andar em santidade (Hb 12.14). Empenhemo-nos a nos consagrarmos a Deus em verdadeira santidade (Rm 12.1)!


3. Santidade e justiça de Deus.

Biblicamente, a santidade e a justiça são atributos divinos que se relacionam. Como vimos, essa virtude aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (1 Jo 1.5). Tudo em Deus é santo, puro e verdadeiro. A justiça dEle aponta para a sua retidão, para a harmonia de sua justiça com a Lei. Desse modo, compreender a santidade e a justiça de Deus como atributos é importante para reconhecermos que Ele é santo, reto, justo e verdadeiro. E que, por isso, jamais deixará o ser humano impune diante de sua rebelião contra a sua santidade e justiça (Gn 6.12,13).

 

SINÓPSE III

Nenhum ser humano ficará impune diante da santidade e justiça de Deus.

 

CONCLUSÃO

Na jornada para o Céu, o cristão precisa desenvolver uma consciência da santidade de Deus para que possa tomá-la como o padrão perfeito de vida. Devemos sempre progredir em santidade desde o momento em que iniciamos a vida com Cristo até o final de nossa jornada (1Jo 2.3). Estamos no tempo de ser conscientes de que Deus ama a todos e não deseja que ninguém se perca. Todavia, os que rejeitam uma vida santa e se entregam ao pecado sofrerão a condenação eterna, pois santidade e justiça são atributos de Deus que não se contradizem.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que a Palavra de Deus gera?

A Palavra de Deus santifica o crente.

2. Segundo a lição, o que queremos dizer com santificação?

A partir do que estudamos sobre os termos bíblicos a respeito da santificação, podemos afirmar que se trata de um ato, um estado e um processo pelo qual o pecador se torna santo (Rm 6.19-22; 1 Ts 4.1-7).

3. Mencione os três estágios da santificação.

A santificação bíblica é um processo que abrange pelo menos três estágios: Santificação inicial (posicional), Santificação Progressiva e Glorificação.

 

4. Como a Bíblia revela Deus?

A Bíblia revela Deus como o Santo de Israel (Is 1.4), com um nome Santo (Is 57.15); os serafins declaram a sua santidade (Is 6.3) e, em santidade, ninguém pode se igualar a Deus (1 Sm 2.2).

5.  Para o que a Bíblia aponta a santidade de Deus?

Aponta para a essência de Deus, que é totalmente puro, como bem afirma João: “Ele é luz e nEle não há treva alguma” (1 Jo 1.5).

4. Qual foi a advertência de Paulo em relação à Ceia do Senhor?

Concernente à celebração da Ceia do Senhor, Paulo advertiu sobe o perigo de participar da Ceia indignamente (1 Co 11.27).

5. O que a Ceia do Senhor celebra?

A Ceia do Senhor celebra a morte e ressurreição de Jesus e não o seu funeral. A Ceia celebra o Cristo que morreu, mas que ressuscitou (1 Co 15.1-4).


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Lição 2 A Escolha entre a Porta Estreita e a Porta Larga (Lições Bíblicas Adultos)

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu

Comentarista: Pr. Osiel Gomes

Data da aula: 14 de Abril de 2024

A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição Bíblica

TEXTO ÁUREO

“Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” (Lc 13.24)


VERDADE PRÁTICA

A porta estreita não é uma opção, mas a única alternativa disponível para o crente entrar no céu.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Pv 15.24

A ideia da “porta estreita” presente no AT

Terça – Mt 5.39,48

Princípios celestiais da “porta estreita”

Quarta – Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24

Renúncia e a glória progressiva da “porta estreita”

Quinta -1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21

A recompensa de quem entra pela “porta larga”

Sexta – Is 1.15,16; 55.7; Jr 73-7

A “porta estreita” é um chamado ao arrependimento

Sábado – Pv 28.13; 1 Jo 1.7

A “porta estreita” é um caminho de confissão e de perdão 

Hinos sugeridos: 208, 447, 570 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLIA EM CLASSE: Mateus 7.13,14; 3.1-10

Mateus 7

13 – Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

14- E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.


Mateus 3

1- E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia

2- e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

3- Porque este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4- E este João tinha a sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.

5- Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão,

6- e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.

7- E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

8- Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento

9- e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.

10 – E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.


PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a analogia da “porta estreita” e da “porta larga”, mencionada pelo Senhor. Veremos que nosso Senhor teve a pretensão de mostrar aos pecadores o caminho para a salvação. Para compreendermos melhor a soteriologia de Cristo, responderemos às seguintes questões: o que significa a analogia de Jesus concernente à “porta estreita” e ao “caminho apertado”? Por que devemos escolher a porta estreita? De que maneira o pecador pode entrar pela porta que o leva para o Céu? E, por fim, aprenderemos que a consistência da vida cristã tem por base o arrependimento, a confissão de pecados e a experiência do perdão.


2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Explicar a analogia da “porta estreita” e do “caminho apertado” do ponto de vista bíblico e teológico;

II) Destacar que a decisão pela porta estreita requer uma vida de renúncia e disposição para enfrentar os desafios da caminhada cristã;

III) Apontar que a entrada pelo caminho estreito está baseada no arrependimento, confissão de pecados e novo estilo de vida.


B) Motivação: As figuras da “porta estreita” e do “caminho apertado” confrontam as pessoas que ouvem a mensagem do Evangelho. Do mesmo modo, leva os crentes à reflexão a respeito de se estão, de fato, se, portanto, de maneira digna a entrar na eternidade com Deus. Aproveite para conversar com seus alunos sobre o estilo de vida dos que estão aguardando ansiosamente pelo Arrebatamento da Igreja. Finalize este momento, perguntando: “Estamos, de fato, trilhando pelo caminho apertado?”


C) Sugestão de Método: O primeiro tópico desta lição aborda o conceito de porta e caminhos de acordo com a perspectiva bíblica da salvação. A analogia “caminho” aparece no Antigo Testamento, especificamente, para ilustrar a vida de renúncia ao pecado e decisão pela prática da justiça.


No Novo Testamento, a figura da “porta” é aplicada de maneira mais direta pelo próprio Cristo quando se compara à porta pela qual as ovelhas podem entrar, sair e encontrar pastagem (uma situação cotidiana das regiões camponesas de Israel). Relacione no quadro as duas situações e faça um exercício de correlação bíblica, isto é, identifique o sentido de cada ilustração no contexto bíblico. Você pode consultar as informações no Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, editado pela CPAD.


3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A trajetória da vida cristã é marcada por ofertas de prazeres e deleites terrenos que são renunciados pelos crentes à medida que vivem um relacionamento estreito com Deus. O cristão comprometido com o Evangelho mantém a obediência aos preceitos da Palavra de Deus, pois sabe que a devoção verdadeira requer disposição para viver um estilo de vida que expresse, de fato, a renúncia às obras da carne e o cultivo do Fruto do Espírito.


4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “Os dois caminhos: o largo e o estreito”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a ideia de escolha entre dois caminhos presente no Antiga Testamento;

2) O texto “Porta”, ao final do segundo tópico, apresenta o uso frequente da palavra porta no contexto bíblico, bem como seu uso literal e figurativo.


INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o símbolo da porta estreita e da larga, do caminho apertado e do espaçoso. Nosso propósito é pontuar algumas razões que nos mostram porque devemos escolher a porta estreita e, do ponto de vista bíblico, como entrar pelo caminho apertado. Nesse sentido, veremos que o início da nossa jornada deve levar em conta o caminho que nos conduz ao Céu.

Palavra-Chave Porta

I- PORTAS E CAMINHOS

1. A porta estreita.

A ideia de uma “porta estreita” como caminho para a vida está presente tanto na literatura judaica quanto na cristã. Por exemplo, essa concepção é encontrada no Antigo Testamento (Pv 15.24). Sabemos que a porta é uma entrada existente em um edifício ou o muro de uma cidade, algo muito comum nos tempos antigos, em que a cidade era toda murada e, ao redor de todo o edifício, havia uma porta estreita. Era por meio dessa porta que todos entravam e saíam da cidade.


2. O caminho apertado.

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição. Nesse sentido, a linguagem figurada do “caminho apertado”, conforme Mateus 7. aponta para os que desejam a vida eterna. Não por acaso, a palavra “apertado” vem do verbo grego thlibo que significa “prensar como uvas, espremer, pressionar com firmeza, caminho comprimido, contraído; metaforicamente, aborrecer, afligir, angustiar”. Assim, o caminho apertado é o que nos leva a praticar os ensinamentos de Jesus de modo bem concreto: amar os inimigos, não praticar a hipocrisia, acumular tesouros no céu dentre outros princípios celestiais ensinados no Sermão do Monte (Mt 5.39,48).


3. Porta larga e caminho espaçoso.

A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo. Essa porta recebe muitas pessoas que expressam crenças e valores segundo a sua vã maneira de viver. Um caminho que tem seduzido muitos por meio da busca irrefreada do prazer e das ideias que negam a Bíblia como nossa única regra de fé e conduta. Tratam-se, pois, de uma porta e de um caminho em que entram pessoas que vivem segundo suas próprias ideias (Jz 21.25) e que não desejam ajustar-se aos ensinos das Escrituras Sagradas (Jo 7.38).


SINOPSE I

A porta estreita e o caminho apertado representam uma vida de compromisso com Cristo.


AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICA

“Os dois caminhos: o largo e o estreito (Mt 7.13,14). O caminho da morte e o da vida aparecem no Antigo Testamento, na literatura intertestamental, nos escritos de Qumran e na literatura cristã primitiva […]. Na literatura de Qumran os dois caminhos são expostos como o ‘caminho da luz’ e o ‘caminho das trevas’. Jesus, de forma típica, apresenta as opções diante da audiência em paralelismo antitético: uma porta para a vida ou uma porta para a morte. A maioria das pessoas toma o caminho fácil, o qual é desastroso. A porta para a vida é difícil e restritiva; os verdadeiros discípulos são minoria. Dado o contexto de Mateus, a dificuldade da porta estreita é o caminho da justiça, na qual Jesus há pouco instruiu as pessoas” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento: Mateus-Atos. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 61).

II- POR QUE ENTRAR PELA PORTA ESTREITA É DIFÍCIL

1. Uma porta aberta, porém, difícil.

A porta para a entrada na pátria celestial está aberta. Porém, há muitos impedimentos para que a alma humana a atravesse: o egoísmo, o ego inflado, a idolatria, dentre outros. Contudo, nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível (Mt 16.24; Rm 6.6; Gl 5.24).


2. As oportunidades da porta larga são atraentes.

Para muitos, o caminho da porta estreita não é atraente, pois a porta larga oferece uma jornada de prazeres, deleites e libertinagem. Entretanto, os que andam nesse caminho são dominados pelas ilusões da vida, enredando-se numa sedutora fantasia. É um caminho de apego prazeroso ao mundo e de desprezo a Deus (1 Jo 2.15,16). Tragicamente, todos os que amam o mundo não terão direito a entrar nos céus (1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21). Por isso, o cristão comprometido com o Evangelho de Cristo sabe que “o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1 Jo 2.17).


3. As razões das exigências.

Diferentemente da porta larga e do caminho espaçoso, a porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria. Só começa a trilhar pelo caminho da porta estreita quem se reconhece em Cristo como um pecador (2 Co 12.9) e com disposição de viver uma vida dirigida por Ele como um novo começo (2 Co 5.17). A partir dessa jornada, o Evangelho nos faz caminhar em santidade, seguir os passos de Cristo e andar como Ele andou (1 Jo 2.6). Então, estaremos prontos para criar raízes e enfrentam os obstáculos de nossa jornada crista (Lc 8.13,14).


SINOPSE II

Seguir pelo caminho apertado requer uma disposição em seguir na contramão da maioria.


AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“Porta. Uma palavra mencionada muitas vezes na Bíblia Sagrada. Na versão KJV em inglês, é a tradução de sete palavras hebraicas e uma grega. Os dois termos hebraico frequentemente usados são: delet, referindo-se à própria porta, e petah, uma porta de entrada.


A palavra ‘porta’ é utilizada tanto no sentido literal como de modo figurativo. Uso literal (por exemplo, Gn 19.6, 9; 2 Rs 9.10). As portas comuns eram feitas de madeira, mas às vezes eram feitas de espessos pedaços de pedra, tanto para casas como para tumbas. Cadeados de madeira, latão, ou ferro eram usados (Jz 3.24,25). Nas tendas as portas eram aberturas cobertas por uma aba (Gn 18.1,2).


Uso figurativo. Provavelmente, o uso mais frequente de porta de modo figurativo seja como símbolo de oportunidade, especialmente para o testemunho e o serviço cristão (por exemplo, 1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3; Ap 3.8).

O termo porta é também usado para representar o caminho pelo qual uma pessoa entra em algum lugar. O próprio Cristo é a porta pela qual o ser humano alcança a salvação (Jo 10.9; cf. At 14.27; Os 2.15). Aquele que está próximo é considerado como ‘estando à porta’ (Mt 24.33; Tg 5.9; Ap 3.20; Gn 4.7)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 1576).


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“PORTAS DA CIDADE

No mundo antigo, as portas desempenhavam um papel crítico nas defesas de uma cidade. As portas geralmente eram o ponto mais fraco nos muros de uma cidade e, portanto, muitas vezes o ponto de ataque dos exércitos sitiantes. Para uma cidade ser forte, não bastavam muros maciços; tinha de ter portas fortes.


As portas da cidade também eram o local dos tribunais judiciais, bem como o local onde os impostos eram recolhidos. Jeremias 38.7 indica que o rei realizou a corte em uma das portas de Jerusalém. Quando os profetas do AT atacam a injustiça, eles frequentemente se referem às portas da cidade como lugar de justiça (Am 5.15).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Baker, editado pela CPAD, p.400.


III - ENTRANDO PELA PORTA E PELO CAMINHO DO CÉU

1. Arrependimento de pecados.

Por meio das palavras do arauto divino, João Batista (Mt 3.1-10), a mensagem pregada por ele para entrar no Reino de Deus é o Arrependimento. João é uma voz que ecoa entre a Antiga e a Nova Alianças, confirmando as palavras dos profetas do Antigo Testamento, pois sua mensagem de arrependimento era a mesma pregada por Isaías e Jeremias (Is 1.16,15; 55.7; Jr 7.3-7). Por essa razão, é importante ponderar que o arrependimento bíblico não é uma questão meramente emocional, mas uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador. Por meio da pregação e da aceitação do Evangelho, mediante a ação regeneradora do Espírito Santo, o pecador renuncia ao pecado, reorienta a vida e firma uma resolução de deixar o caminho espaçoso para tomar o caminho que conduz para a vida eterna.


2. Confissão de pecados.

O ministério de João Batista foi impactante, de modo que iam ter com ele toda Judéia e a província do Jordão (Mt 3.5). Os que iam até João confessavam os seus pecados para serem batizados. Ora, a Bíblia diz que todos pecaram e separados estão da glória de Deus (Rm 3.23). Sem que o homem reconheça que é pecador, jamais compreenderá que precisa de um Salvador. Nesse aspecto, a confissão pessoal dos pecados é uma perspectiva nova que aparece com o ministério de João Batista. Em Israel, a confissão era nacional e se dava em dia especial como no Dia da Expiação (Nm 5.7).


Por meio do modelo de vida de João Batista, a confissão de pecados passou a fazer parte da tradição cristã. Desse modo, a pessoa confessa os seus pecados (Sl 32.5) e afirma que crê em Deus Poderoso e Salvador (Rm 10.9,10). Assim, quando o homem reconhece em confissão que é um pecador, ele recebe o perdão de seus pecados (Pv 28.13; 1 Jo 1.7).


3. Produzindo frutos de arrependimento.

Para João Batista, o batismo e a confissão somente não seriam as provas verdadeiras da mudança de vida. Era preciso apresentar frutos na vida como a marca de um arrependimento sincero. Em Lucas, podemos contemplar frutos concretos que João Batista esperava de quem se arrependesse: honestidade, misericórdia, respeito às autoridades, dentre outros (Lc 3.11-14). Isso era a prova de que a natureza da pessoa havia sido verdadeiramente transformada. Portanto, uma pessoa que teve um encontro verdadeiro com Jesus produzirá frutos dignos de arrependimento, uma nova forma de pensar e agir, um novo estilo de vida (Mt 3.2; 21.29; Mc 1.15).


SINOPSE III

O verdadeiro encontro com Jesus produz no crente frutos dignos de arrependimento.


CONCLUSÃO

No momento que inicia sua jornada com Cristo, o cristão deve ter a consciência de que escolheu o caminho estreito e a porta apertada para trilhar o caminho do céu. Isso significa que precisamos renunciar ao eu, nossos pensamentos e desejos, para que Cristo apareça (2 Co 5.17). Isso só é possível por meio de um verdadeiro arrependimento, confissão de pecados e a experiência do perdão.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que significa dizer “caminho apertado”?

Quando falamos de caminho apertado, apontamos para a conduta, a maneira de viver que evidencia salvação ou perdição.


2. O que a “porta larga” e o “caminho espaçoso” simbolizam?

A porta larga e o caminho espaçoso simbolizam uma vida sem compromisso com Cristo, segundo o padrão do Mundo.


3. O que o Senhor Jesus ensinou a respeito de fazer o caminho da “porta estreita”?

Nosso Senhor ensinou que para tomar o caminho do céu é preciso negar a si mesmo, deixar morrer o que somos para viver a vida com Ele a fim de que resulte uma glória progressiva e indizível.


4. O que a “porta estreita” requer da pessoa?

A porta estreita e o caminho apertado requerem uma transformação interior, uma decisão pessoal e uma disposição em seguir na contramão da maioria.


5. Que tipo de disposição deve haver no arrependimento bíblico?

Trata-se de uma disposição para mudar de ideia e um exercício que envolve o aspecto mental e moral do pecador.

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